Geral
Publicado em 15/07/2025, às 13h31 Reprodução/Freepik BNews Natal
A qualidade do combustível é decisiva para o desempenho e a durabilidade do veículo. Mas, em 2024, a situação piorou. Um levantamento do Instituto Combustível Legal (ICL) revelou que os casos de adulteração subiram 18%, atingindo mais de 643 mil automóveis em 18 estados brasileiros.
A NTK, marca da multinacional japonesa Niterra e especialista em sistemas de ignição, alerta que gasolina e etanol fora das especificações causam danos graves, muitas vezes difíceis de perceber no início.
Segundo Hiromori Mori, consultor técnico da empresa, contaminações podem comprometer sensores, velas de ignição, bicos injetores e até catalisadores. Entre os sinais de alerta mais comuns estão dificuldade na partida, aumento do consumo de combustível, perda de potência e o acendimento da luz de injeção no painel. “Os danos aparecem de forma gradual, o que torna a identificação da causa ainda mais desafiadora”, afirma.
Três vilões que detonam o motor
Gasolina com baixa octanagem, muitas vezes adulterada com óxido de ferro, causa combustão irregular e superaquecimento na câmara, destruindo velas e sensores. A contaminação pode ser identificada por resíduos avermelhados que também aceleram o desgaste da bomba e dos injetores.
Já a gasolina envelhecida, que perde qualidade depois de três meses, forma depósitos que dificultam a queima e obstruem bicos injetores, tornando o carro difícil de ligar.
No caso do etanol, o excesso de água e a acidez elevada são campeões de problemas. O uso prolongado compromete a queima correta, corrói peças metálicas e reduz drasticamente a vida útil do motor.
Como se proteger contra combustível adulterado
Para evitar prejuízos, o especialista recomenda atenção total na hora do abastecimento. Preços muito abaixo da média do mercado são sinal de alerta. “Prefira postos de confiança e verifique sempre a nota fiscal”, orienta Mori. Além disso, o motorista pode solicitar o teste da bomba de combustível e monitorar a média de consumo do carro.
Mesmo veículos com sensores avançados de oxigênio e de qualidade do combustível não resistem ao uso contínuo de insumos adulterados. Por isso, prevenir é mais barato e seguro do que consertar os danos depois.