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Publicado em 28/05/2025, às 16h51 Bonecas reborn - Reprodução/Internet Redação
Um caso incomum chamou atenção nesta terça-feira (27) no Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, na Bahia. Uma recepcionista entrou com ação contra a empresa onde trabalha solicitando licença-maternidade de 120 dias para cuidar de uma boneca reborn, que trata como filha. A boneca, batizada de “Olívia”, é um exemplar hiper-realista do tipo reborn — modelo feito artesanalmente com aparência e textura semelhantes às de um bebê real.
Na ação trabalhista, à qual o BNews teve acesso, a funcionária alega que possui um vínculo afetivo profundo com a boneca, adotando práticas maternas no dia a dia. Ela também pede indenização por danos morais no valor de R$ 10 mil, sob alegação de ter sido ridicularizada por superiores e colegas ao comunicar seu pedido de licença.
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“O bebê reborn, artisticamente criado, não é mero objeto inanimado. É, para a Reclamante, sua filha (...), acolhida no seio emocional da autora, que dela cuida, vela, embala e protege como qualquer mãe”, diz trecho da petição, elaborada por seu advogado.
Além da licença, a trabalhadora também solicita:
A defesa sustenta que a negativa do pedido por parte da empresa feriu a dignidade da funcionária e sua saúde mental, argumentando que o vínculo afetivo deveria ser reconhecido nos moldes da maternidade socioafetiva. “Negar esse direito é negar a própria subjetividade feminina”, afirma outro trecho da ação.
O processo ainda aguarda distribuição para uma das varas do trabalho de Salvador e será julgado em rito sumaríssimo.
Entenda: o que são bonecas reborn?
Bonecas reborn são peças artesanais feitas com extremo realismo para se assemelhar a bebês humanos. Criadas com vinil ou silicone e pintadas à mão, essas bonecas podem ter veias aparentes, unhas, cílios implantados fio a fio e até cheiro de bebê.
Em alguns casos, os valores ultrapassam milhares de reais. Nas redes sociais, o tema vem ganhando visibilidade entre influenciadores e colecionadores.