Cidades

Aprovado projeto que regulamenta transporte de cães e gatos em voos

A proposta determina que animais podem ser transportados na cabine ou no porão, com responsabilidade das empresas por eventuais danos  |  Com a aprovação da 'Lei Joca', companhias aéreas devem oferecer transporte para pets, garantindo segurança e responsabilidade. - Divulgação

Publicado em 24/04/2025, às 08h43   Com a aprovação da 'Lei Joca', companhias aéreas devem oferecer transporte para pets, garantindo segurança e responsabilidade. - Divulgação   Dani Oliveira

O plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (23), um projeto de lei que estabelece regras específicas para o transporte de cães e gatos em voos comerciais. A proposta, que ainda será analisada pela Câmara dos Deputados, foi aprovada de forma simbólica, ou seja, sem a contagem de votos.

Conhecido como “Lei Joca”, o projeto ganhou visibilidade após a morte de um cão da raça golden retriever que foi transportado para o destino errado durante um voo da Gol Linhas Aéreas, em abril de 2023. O animal, chamado Joca, tinha quatro anos e viajava de São Paulo (Aeroporto de Guarulhos) para Sinop (MT). No entanto, foi enviado por engano para Fortaleza (CE), a mais de 2 mil quilômetros de distância. Após ser levado de volta a Guarulhos, Joca não resistiu.

A proposta aprovada no Senado torna obrigatório que as companhias aéreas ofereçam serviços de transporte para cães e gatos, o que atualmente é opcional. O texto também prevê que os animais poderão ser transportados na cabine ou no porão da aeronave, de acordo com o porte. A exceção continua sendo para cães-guia, que já têm o direito de viajar na cabine com seus tutores, independentemente do tamanho ou peso.

Além disso, o projeto determina que as empresas sejam responsabilizadas por eventuais mortes ou lesões dos animais, mesmo que não haja culpa direta. Por outro lado, as companhias podem recusar o transporte caso os animais não estejam em boas condições de saúde ou exigir que os tutores assinem um termo de responsabilidade.

A Gol, envolvida no caso de Joca, lamentou o ocorrido na época, classificando o erro como uma falha operacional, e afirmou ter prestado suporte ao tutor do animal.

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