Negócios
por Sammara Bezerrra
Publicado em 31/07/2025, às 09h59
A taxação de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros vai atingir os principais produtos exportados pelo Rio Grande do Norte ao mercado norte-americano.
Dos dez itens mais vendidos até junho de 2025 para os EUA, oito serão taxados em 50%, e apenas dois estão excluídos do tarifaço, sendo eles a castanha de caju e óleos de petróleo.
O presidente Trump assinou nessa quarta-feira (30) o decreto que oficializou tarifas de 50% ao Brasil. A medida entra em vigor a partir do dia 6 de agosto.
Entre os produtos mais exportados que serão impactados pela tarifa estão:
O ranking consta na plataforma Comex Stat, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
De acordo com um levantamento divulgado pela Federação das Indústrias do RN (Fiern), o Rio Grande do Norte exportou para os Estados Unidos US$ 67,1 milhões em 2025, o que representa um aumento de 120% em relação ao mesmo período de 2024 (US$ 30,5 milhões).
Em relação às importações, o RN comprou dos americanos US$ 41,8 milhões no 1º semestre do ano passado e US$ 26,9 milhões no mesmo período este ano, uma redução de 35% no comparativo.
No top 5 de produtos exportados no primeiro semestre de 2025, de acordo com os dados divulgado pela Fiern, estão óleos de petróleo, peixes frescos ou refrigerados, produtos de origem animal, pedras de cantaria ou de construção e produtos de confeitaria sem cacau. Juntos, esses itens somam US$ 54.766 milhões.
Divulgado nessa quarta-feira (30), o texto que oficializou a taxação de 50% aos produtos brasileiros faz críticas ao governo do presidente Lula e uma defesa ao ex-presidente Jair Bolsonaro e de “milhares de seus apoiadores” como alvos de “violações dos direitos humanos que minaram o Estado de Direito no Brasil”.
“Hoje, o presidente Donald J. Trump assinou uma Ordem Executiva implementando uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, elevando o valor total da tarifa para 50%, para lidar com políticas, práticas e ações recentes do governo brasileiro que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”, diz o documento.
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