Política
Publicado em 18/07/2025, às 08h31 Dani Oliveira
A Polícia Federal encontrou, durante a quinta fase da Operação Overclean, maços de dinheiro escondidos em um sapato (foto) na residência de Francisco Nascimento, vereador de Campo Formoso, e primo do ex-líder do União Brasil na Câmara Elmar Nascimento.
A informação foi divulgada pelos repórteres Matheus Coutinho e Natália Portinari do Uol e confirmada por O Antagonista junto aos investigadores.
Desta vez, a Justiça determinou o bloqueio de 85,7 milhões de reais. Como mostramos, os principais alvos foram familiares do deputado federal. Ele não figura entre os investigados segundo a PF.
Essa é a segunda vez que a PF mira Francisco Nascimento. No ano passado, durante outra operação da PF, o vereador tentou se livrar de dinheiro em espécie que ele mantinha em casa. Na sacola, segundo a PF, haviam 220 mil reais. Nascimento foi preso preventivamente, mas depois solto.
Em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal, a Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 17, a quinta fase da Operação Overclean para apurar fraudes licitatórias, desvio de recursos de emendas parlamentares, corrupção e lavagem de dinheiro.
Elmo Nascimento, prefeito de Campo Formoso (BA) e irmão do deputado federal também foi alvo da ação.
Por determinação do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e uma ordem de afastamento cautelar de servidor público de suas funções nas cidades de Salvador, Campo Formoso, Senhor do Bonfim e Mata de São João, na Bahia, Petrolina, em Pernambuco, e Brasília, no Distrito Federal.
Em comunicado, a PF afirmou que o núcleo investigado atuou “na manipulação de procedimentos licitatórios e desvios de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares” destinadas ao município de Campo Formoso, mediante pagamento de vantagem indevida e obstrução da investigação.
Além dos mandados de busca e apreensão, Nunes também Marques determinou o bloqueio de 85,7 milhões de reais em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas para “interromper a movimentação de valores de origem ilícita e preservar ativos para eventual reparação aos cofres públicas”.
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