Política
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (17) que Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, precisará aceitar determinadas condições para que a guerra com a Rússia termine rapidamente.
As declarações foram publicadas em sua rede social Truth Social, pouco antes de Zelensky se reunir com líderes europeus na Casa Branca.
Em sua mensagem, Trump afirmou que a Ucrânia pode encerrar o conflito “quase imediatamente” se concordar em ceder a Crimeia, anexada ilegalmente pela Rússia em 2014, e desistir de qualquer plano de entrar para a Otan.
“Algumas coisas nunca mudam!!!”, escreveu o presidente norte-americano, fazendo referência à anexação da Crimeia no governo Obama, há 12 anos, sem disparos.
A publicação deixou clara a pressão que Zelensky enfrentará durante o encontro na segunda-feira (18), quando se reunirá com Trump e líderes europeus. As condições citadas refletem também exigências que Vladimir Putin já havia apresentado recentemente em sua cúpula no Alasca.
Autoridades europeias que acompanharão Zelensky na Casa Branca demonstram preocupação de que Trump tente forçar o presidente ucraniano a aceitar os termos propostos por Putin. Eles buscam esclarecimentos sobre o que a Rússia estaria disposta a conceder em um possível acordo de paz e o papel dos EUA em garantias de segurança futuras.
O presidente americano, por sua vez, ressaltou em outra postagem a importância da reunião, destacando a presença de líderes europeus: “Grande dia na Casa Branca amanhã. Nunca tivemos tantos líderes europeus ao mesmo tempo. É uma grande honra recebê-los!!!”
A pressão de Trump sobre Zelensky ocorre em um momento delicado, em que a Ucrânia mantém resistência contra a Rússia e busca apoio internacional para reforçar sua defesa.
A proposta do presidente americano, ao condicionar o fim do conflito à entrega da Crimeia e à desistência da Otan, gera críticas e debate sobre o papel dos EUA como mediador.
Analistas internacionais alertam que qualquer avanço em negociações de paz dependerá da disposição das partes envolvidas e da capacidade dos Estados Unidos de equilibrar pressão diplomática e garantias de segurança para Kiev.
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