Política

STF marca julgamento dos “kids pretos”; veja data, detalhes das acusações e lista dos réus acusados pela chamada trama golpista

O julgamento do núcleo 3 será o terceiro de quatro núcleos da trama golpista, com o STF mantendo punições severas contra os envolvidos. - Divulgação
Flávio Dino presidirá o julgamento que envolve militares de elite, conhecidos como ‘kids pretos’, acusados de ações violentas contra o Estado  |   BNews Natal - Divulgação O julgamento do núcleo 3 será o terceiro de quatro núcleos da trama golpista, com o STF mantendo punições severas contra os envolvidos. - Divulgação
Dani Oliveira

por Dani Oliveira

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Publicado em 07/10/2025, às 10h33



O ministro Flávio Dino, presidente da Primeira Turma do STF, agendou para 11 de novembro o julgamento do núcleo 3 da trama golpista, composto majoritariamente por militares, que planejou uma tentativa de golpe de Estado.

A Procuradoria-Geral da República acusa dez réus, incluindo coronéis e um agente da Polícia Federal, de crimes graves como organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, com exceção de um réu que enfrenta acusações menores.

As defesas negam as acusações e pedem absolvição, enquanto o STF já condenou diversos envolvidos em atos golpistas e programou o julgamento do núcleo 4 para outubro, mantendo uma postura rigorosa contra tentativas de ruptura institucional.

Resumo gerado por IA

O ministro Flávio Dino, recém-empossado presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para o dia 11 de novembro o início do julgamento do núcleo 3 da chamada trama golpista.

O grupo, formado em sua maioria por militares de forças especiais, ficou conhecido como os “kids pretos”.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), eles seriam os responsáveis pelo planejamento operacional de uma tentativa de golpe de Estado, incluindo o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa ataques a autoridades e instituições.

O grupo, formado em sua maioria por militares de forças especiais, ficou conhecido como os “kids pretos”.
O grupo, formado em sua maioria por militares de forças especiais, ficou conhecido como os “kids pretos”.

O grupo e as acusações
O núcleo 3 é composto por dez réus, a maioria militares de alta patente. Em suas alegações finais, a PGR pediu a condenação de nove deles por crimes como:
→ Organização criminosa armada
→ Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
→ Golpe de Estado
→ Dano qualificado por violência e grave ameaça
→ Deterioração de patrimônio tombado da União

A acusação poupou apenas um dos investigados, o tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Junior, para quem o Ministério Público pede condenação apenas por incitação ao crime — ao entender que não há provas de vínculo direto com a organização criminosa.

Quem são os “kids pretos”
O termo “kids pretos” faz referência ao grupo de militares de elite, que segundo a investigação, teria assumido o braço operacional da suposta trama golpista.

Entre os nomes estão coronéis, tenentes-coronéis e um agente da Polícia Federal, presos durante a Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal.

Réus do núcleo 3:
• Bernardo Correa Netto, coronel (preso na operação Tempus Veritatis);
• Estevam Theophilo, general da reserva e ex-chefe do Coter (Comando de Operações Terrestres);
• Fabrício Moreira de Bastos, coronel supostamente envolvido na redação de carta de teor golpista;
• Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;
• Márcio Nunes de Resende Júnior, coronel do Exército;
• Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel;
• Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel;
• Ronald Ferreira de Araújo Junior, tenente-coronel (único poupado da denúncia integral);
• Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel;
• Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal.

PGR aponta atuação tática e violenta do grupo
De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, as investigações demonstram que os réus atuaram como núcleo de ações táticas e coercitivas da organização criminosa, sendo os responsáveis pelas etapas mais severas e violentas do plano golpista.

Somente não consumaram a ruptura institucional pela forte resistência dos comandos do Exército e da Aeronáutica”, afirmou Gonet em documento enviado ao STF.

As defesas de todos os acusados negaram as acusações e pediram absolvição, alegando falta de provas materiais e motivações políticas na denúncia.

O terceiro núcleo julgado pelo STF
O julgamento dos “kids pretos” será o terceiro de quatro núcleos da trama golpista analisados pelo Supremo.

A Primeira Turma do STF já marcou para os dias 14, 15, 21 e 22 de outubro o julgamento do núcleo 4, o último previsto para este ano.

A Primeira Turma do STF já marcou para os dias 14, 15, 21 e 22 de outubro o julgamento do núcleo 4, o último previsto para este ano.
A Primeira Turma do STF já marcou para os dias 14, 15, 21 e 22 de outubro o julgamento do núcleo 4, o último previsto para este ano.

Desde o início dos processos, o Supremo já condenou dezenas de envolvidos nos atos golpistas e mantém punições firmes contra militares e civis apontados como articuladores da tentativa de ruptura institucional.

Classificação Indicativa: Livre

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