Política
Publicado em 13/07/2025, às 12h33 Aryela Souza
A pergunta "Será que dá match?", lançada pelo secretário e pré-candidato ao governo Cadu Xavier (PT), ecoou durante todo o fim de semana no Festival Gastronômico de Martins, que aconteceu dos dias 10 a 13 de julho.
A questão ganhou força com a presença constante da prefeita de Pau dos Ferros, Marianna Almeida (PSD), circulando com total desenvoltura ao lado do seu "companheiro de chapa" e do grupo da governadora Fátima Bezerra (PT).
Essa aparição conjunta em Martins solidificou a percepção de uma chapa Cadu-Marianna para 2026, uma ideia que foi "oficializada" pela própria governadora na última sexta-feira (11).
Durante um evento em Pau dos Ferros, ao encontrar a prefeita, Fátima Bezerra declarou publicamente: "Chegou a vice de Cadu". Horas depois, Cadu publicou uma foto ao lado de Marianna com a legenda que agora pauta as discussões políticas no estado.
O Dilema Político no Grupo da Senadora Zenaide
A chapa Cadu-Marianna pode até ter dado "match" no campo governista, mas cria um complexo dilema político, principalmente para a senadora Zenaide Maia, que comanda o PSD, partido da prefeita.
Atualmente, Zenaide parece estar muito bem acomodada no grupo do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), hoje o principal adversário de Cadu Xavier na disputa pelo governo.
A senadora é vista como o nome oficial de Allyson para o Senado e planeja disputar a reeleição com o apoio do gestor mossoroense. Isso a coloca em uma encruzilhada.
Os Dois Palanques de Zenaide
Para que a chapa Cadu-Marianna se viabilize com o apoio do PSD, Zenaide teria que permanecer no palanque do presidente Lula. Neste cenário, ela iria para a disputa em dobradinha com a governadora Fátima Bezerra (que seria candidata ao Senado), e ainda teria sua aliada, Marianna, como vice.
No entanto, se mantiver a aliança com Allyson Bezerra, Zenaide terá que se afastar oficialmente do grupo da governadora Fátima e do presidente Lula.
Neste segundo palanque, ela disputaria a reeleição em uma dobradinha com um nome ainda indefinido, mas que poderá ser o do ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias.
É aí que cabe, de novo, a pergunta de Cadu Xavier: “dá match?”. O xadrez para 2026 está apenas começando.
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