Política
María Corina Machado, opositora do governo venezuelano, foi anunciada, nesta sexta-feira (10/10), como vencedora do Prêmio Nobel da Paz 2025. O anúncio feito pelo Comitê Norueguês do Nobel destacou sua liderança na defesa da democracia na Venezuela.
O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, parabenizou a ex-deputada venezuelana. Ele afirmou:
“Imagino a situação do Lula, que elogiou e apoiou a tal ‘democracia relativa’ venezuelana de seu brother Maduro”.
Nas redes sociais, políticos da direita brasileira também celebraram a conquista. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) comentou:
“Lula mandou María Corina ‘parar de chorar’ quando ela foi proibida de disputar as eleições contra Maduro. Hoje, ela ganha o Prêmio Nobel da Paz, e ele segue validando uma ditadura. O tempo tem maneiras sutis de defender a verdade”.
A escolha da venezuelana não agradou a todos. O deputado Glauber Braga (PSol-RJ) criticou o Comitê do Nobel, dizendo: “Que vergonha! A vencedora do Nobel da Paz é quem apoia a presença de embarcações militares dos EUA na costa da Venezuela para ameaçar uma guerra contra o próprio país.
María Corina Machado comentou a ação imperialista em tom elogioso, dizendo: ‘Trump não está jogando’.”
O Comitê justificou a premiação ressaltando a coragem civil da política venezuelana. “María Corina Machado é um dos exemplos mais extraordinários de liderança pela democracia na América Latina nos últimos tempos”, afirmou a instituição.
A vitória da opositora surpreendeu aqueles que esperavam que Donald Trump fosse o agraciado, após sua participação recente na mediação do fim da guerra entre Israel e Hamas.
Engenheira industrial de formação, María Corina Machado se tornou destaque na oposição venezuelana no início dos anos 2000, liderando resistências ao chavismo e ao governo de Maduro. Ela fundou o partido Vente Venezuela, consolidando sua influência política.
Eleita deputada da Assembleia Nacional em 2010, teve seu mandato cassado em 2014 após denunciar o regime em fóruns internacionais. Apesar disso, manteve-se como referência da direita venezuelana.
Em 2023, venceu as primárias da oposição para as eleições presidenciais de 2024, mas foi impedida de concorrer pelo governo de Maduro, sob acusação de “inabilitação administrativa”. Mesmo sem disputar a presidência, continua sendo uma das figuras centrais da oposição no país.
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