Política

Quais medidas o Governo do RN busca para ampliar “novos mercados” após tarifaço de 50% dos EUA? Confira lista de ações

Entre as ações do governo do RN, estão acordos comerciais e reposicionamento de produtos nas cadeias de valor globalizadas para garantir competitividade. - Divulgação
Com a nova tarifa dos EUA, o RN mapeia barreiras tarifárias e investe na capacitação de exportadores para minimizar impactos econômicos  |   BNews Natal - Divulgação Entre as ações do governo do RN, estão acordos comerciais e reposicionamento de produtos nas cadeias de valor globalizadas para garantir competitividade. - Divulgação

Publicado em 11/07/2025, às 07h19   Dani Oliveira



O governo do Rio Grande do Norte informou, em nota divulgada nesta quinta-feira (10) que apoiará produtores potiguares na busca de “novos mercados-alvo” após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A nova taxa deverá entrar em vigor em 1º de agosto.

Os pontos de comercialização visados são a Ásia e América Latina. Segundo a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, a iniciativa faz parte de outras recomendações para atenuar os possíveis impactos da tarifa na economia potiguar. Conforme apontado pela Fiern nesta quinta-feira, os setores petrolífero, pesqueiro e salineiro são apontados como os que serão mais afetados.

Entre as ações, o governo destacou também que atuará para:

• Mapear com precisão as barreiras tarifárias e não tarifárias em vigor para cada produto nos EUA;
• investir na capacitação técnica de exportadores locais sobre exigências sanitárias e padrões internacionais;
• fomentar acordos comerciais e protocolos fitossanitários bilaterais, inclusive por meio de articulação federativa;
• incentivar o reposicionamento de produtos nas cadeias de valor globalizadas, com foco em diferenciação e sustentabilidade.

Sobre as exportações
As exportações e importações para o mercado norte-americano têm participação expressiva. Segundo o estado, entre janeiro e março deste ano, o RN exportou US$ 26,2 milhões para os Estados Unidos, enquanto as importações somaram US$ 9,8 milhões, resultando em um superávit de US$ 16,4 milhões na balança comercial bilateral.

Em 2024, as exportações do Rio Grande do Norte para os Estados Unidos totalizaram US$ 67,1 milhões. Os dez principais produtos exportados nesse período incluíram produtos de origem animal impróprios para alimentação humana, caramelos e confeitos, albacoras-bandolim frescos, outros açúcares de cana, sal marinho a granel, querosenes de aviação, granitos, albacoras/atuns frescos, mangas frescas e castanha de caju fresca ou seca.

As importações, por sua vez, totalizaram US$ 76,2 milhões em 2024. Entre os produtos oriundos dos Estados Unidos, destacam-se o óleo diesel, outras gasolinas, coque de petróleo, copolímeros de etileno e alfa-olefina, trigo e misturas de trigo com centeio, copolímeros de etileno e ácido acrílico, medicamentos com compostos heterocíclicos, caldeiras aquatubulares, poli(cloreto de vinila) não misturado com outras substâncias e medicamentos contendo produtos para fins terapêuticos.

Somente nos seis primeiros meses de 2025, o volume exportado para os Estados Unidos já se iguala ao montante exportado ao país durante todo o ano de 2024.

Apoio ao governo federal
Na nota, o governo destacou ainda que possui “firme convicção de que as iniciativas adotadas pela Presidência da República em defesa da soberania brasileira e preservação da competitividade dos produtos nacionais no mercado externo — com assessoramento e respaldo dos Ministérios da Fazenda; do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; e das Relações Exteriores — assegurarão a continuidade do crescimento e da prosperidade”.

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