Política

Prefeita e vice de cidade do RN perdem mandatos por compra de votos com material de construção

As provas reunidas incluem: prints de redes sociais, gravações de áudio, vídeos e documentos obtidos com autorização judicial - Reprodução/Internet
O material ajuda a evidenciar o uso da estrutura pública e de recursos privados para influenciar diretamente os votos de eleitores  |   BNews Natal - Divulgação As provas reunidas incluem: prints de redes sociais, gravações de áudio, vídeos e documentos obtidos com autorização judicial - Reprodução/Internet
José Nilton Jr.

por José Nilton Jr.

Publicado em 10/10/2025, às 15h24



A Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte decidiu manter a cassação dos mandatos da prefeita de Maxaranguape, Maria Erenir Freitas de Lima, e do vice-prefeito, Evanio Pedro do Nascimento, após constatar abuso de poder político e econômico nas eleições municipais de 2024. O município fica no interior do Rio Grande do Norte. 

A decisão confirma a sentença que foi emitida pela 64ª Zona Eleitoral de Extremoz/RN. Está foi responsável por anular os diplomas e declarou a inelegibilidade dos envolvidos até o ano de 2032.

Distribuição de materiais de construção foi usada para conquistar votos, diz investigação

De acordo com o parecer da Procuradoria Regional Eleitoral, que se manifestou contra o recurso dos réus, o grupo político teria realizado a distribuição de materiais de construção a eleitores em situação de vulnerabilidade social e econômica para obter apoio eleitoral.

Segundo com o que foi apurado durante as investigações, o esquema contava com a participação do então chefe de gabinete Edmilson de Oliveira Lima, além de outros líderes locais que atuavam a partir de um depósito de materiais vinculado à campanha.

As provas reunidas incluem: prints de redes sociais, gravações de áudio, vídeos e documentos obtidos com autorização judicial. O material ajuda a evidenciar o uso da estrutura pública e de recursos privados para influenciar diretamente o voto de eleitores.

Ministério Público classificou provas como “fortes” e defendeu punição exemplar

O Ministério Público Eleitoral considerou o conjunto de evidências “forte e consistente”. Além disso, também destacou que a conduta dos investigados feriu a legitimidade e a igualdade de condições do pleito municipal.

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O parecer final recomendou a manutenção integral da decisão de primeira instância, negando os recursos apresentados pela defesa da prefeita e do vice. Com a confirmação da cassação, os votos destinados à chapa também foram anulados. 

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