Política

PF aponta Braga Netto como figura central em estratégia para desacreditar eleições de 2022

General da reserva e candidato a vice-presidente em 2022 Walter Braga Netto - Fernando Frazão/Agência Brasil
De acordo com informações constantes no relatório, Braga Netto articulou diretamente a construção de narrativas falsas de fraude eleitoral  |   BNews Natal - Divulgação General da reserva e candidato a vice-presidente em 2022 Walter Braga Netto - Fernando Frazão/Agência Brasil

Publicado em 18/06/2025, às 17h19   Júnior Teixeira



De acordo com a Polícia Federal (PF), o general da reserva e candidato a vice-presidente em 2022 Walter Braga Netto teve papel central ao executar estratégias para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro, especialmente nas eleições de 2022.

A informação está presente em relatório encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes é relator das investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota de Jair Bolsonaro em 2022. O documento foi enviado ao ministro nesta quarta-feira (18). 

De acordo com informações constantes no relatório, Braga Netto, que foi ministro da Casa Civil e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022, articulou diretamente a construção de narrativas falsas de fraude eleitoral.

A PF chegou à conclusão após analisar o celular do coronel do Exército Flávio Botelho Peregrino, ex-assessor de Braga Netto.

“As trocas de mensagens confirmaram a atuação do general Braga Netto como uma figura central para a implementação das estratégias visando desacreditar o sistema eleitoral e o pleito de 2022”, destaca o relatório da PF.

Grupo "Eleições 2022"

No celular de Peregrino, a Políca Federal identificou a existência de um grupo no WhatsApp chamado "Eleições 2022", composto por seis integrantes, entre eles Braga Netto e Peregrino.

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As mensagens trocadas entre eles revelam que o grupo participou da revisão de documentos com informações falsas sobre fraudes nas urnas eletrônicas. O conteúdo seria enviado ao então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e posteriormente apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ainda segundo a PF, o material serviu de base para ações judiciais do Partido Liberal (PL), que questionavam a integridade do resultado das urnas no primeiro turno das eleições. 

Desinformação em massa

A investigação da Polícia Federal também revelou que o grupo comandado por Braga Netto atuou ativamente na disseminação de estudos falsos que colocavam em dúvida a segurança do sistema eletrônico de votação. O conteúdo era repassado a influenciadores digitais bolsonaristas. 

Com informações da Agência Brasil.

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