Política
Publicado em 18/06/2025, às 16h55 Júnior Teixeira
Em um relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) relata que o grupo liderado por Walter Braga Netto tentou acessar, de forma indevida, o conteúdo da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Essa atitude pode configurar uma tentativa de obstrução de investigação, além de fraude processual e formação de organização criminosa.
De acordo com informações presentes em um relatório da Polícia Federal, os investigados atuaram para conseguir informações confidenciais do acordo que Mauro Cid fez com a PF.
Tal atitude converge com outros elementos que já foram identificados no inquérito da Petição 12.100/DF, o qual apura a atuação de militares e aliados ligados à Bolsonaro contra a legitimidade das eleições de 2022.
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“Os dados analisados demonstram que os integrantes da organização criminosa atuaram para obter o conteúdo do acordo de colaboração premiada [...] convergindo com os demais elementos de prova”, diz o relatório.
Braga Netto foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022. Ele foi citado em diversas frentes de investigação sobre possíveis tentativas de golpe de Estado e ataques ao sistema eleitoral após as eleições de 2022.
Esse movimento realizado para acessar o conteúdo da delação de Mauro Cid é considerada grave, além de reforçar indícios de ingerência e articulação para minar a apuração dos crimes investigados.
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