Política
Publicado em 16/06/2025, às 13h54 Redação
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irã tentou matar Donald Trump em duas ocasiões durante a campanha presidencial de 2024 nos Estados Unidos. A declaração foi feita em entrevista à Fox News, como parte dos esforços do líder israelense para reforçar a ameaça representada pelo regime iraniano.
Segundo Netanyahu, os ataques teriam sido planejados por meio de “proxies” e com base em informações de inteligência. “Essas pessoas que gritam ‘Morte à América’ tentaram assassinar o presidente Trump duas vezes”, afirmou. Perguntado se havia provas concretas, o premiê respondeu: “Por meio da inteligência deles, sim. Eles querem matá-lo”.
Netanyahu também revelou ter sido alvo de uma tentativa de atentado, mas ressaltou que o foco principal do Irã era o ex-presidente americano. “Sou apenas o parceiro júnior dele”, disse, em tom de ironia.
Os dois episódios citados ocorreram em julho e setembro de 2024. No primeiro, Trump foi atingido de raspão por um disparo durante um comício em Butler, na Pensilvânia. O atirador, Thomas Matthew Crooks, foi morto pelo Serviço Secreto no local. No mês seguinte, Ryan Routh foi detido com um rifle semiautomático nas proximidades do clube de golfe de Trump, na Flórida. Na prisão, ele chegou a escrever uma carta dizendo-se aliado de Crooks.
Embora nenhuma agência de inteligência dos EUA tenha confirmado oficialmente o envolvimento iraniano, o Departamento de Justiça acusou, dois meses depois, um agente da Guarda Revolucionária de recrutar um intermediário para vigiar e possivelmente assassinar Trump. O suspeito permanece foragido no Irã.
Na época, Trump já havia sugerido que Teerã estava por trás das tentativas. Mesmo assim, o ex-presidente tem defendido que os Estados Unidos não entrem diretamente no atual conflito entre Israel e Irã, embora mantenha apoio político às ações israelenses.
Segundo veículos da imprensa americana, Trump chegou a vetar, em março deste ano, uma proposta do governo israelense para assassinar o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei. O governo iraniano, por sua vez, nega todas as acusações de envolvimento em atentados contra Trump.
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