Política
Publicado em 17/06/2025, às 15h07 Júnior Teixeira
Foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o Google Brasil disponibilize os dados da pessoa que divulgou a “minuta do golpe” na internet. O documento está sendo investigado no processo que apura a tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições de 2022.
A empresa tem até 48 horas para fornecer os dados. A decisão de Moraes foi tomada nesta terça-feira (17), atendendo a um pedido realizado pela defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que responde à ação penal no STF como um dos integrantes do chamado núcleo da trama golpista.
A "minuta do golpe" foi encontrada na casa de Torres, localizada em Brasília, no mês de janeiro de 2023. O documento sugeria que fosse decretado estado de de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Qual o objetivo do pedido?
De acordo com os advogados de defesa de Torres, a finalidade do pedido é realizar uma perícia técnica para que sejam comparadas a versão encontrada na casa do ex-ministro com a que foi disponibilizada na internet por meio das plataformas do Google.
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Com esse movimento, a defesa pretende apurar se Anderson Torres é de fato o autor ou responsável pela posse do documento.
“A toda evidência, se os órgãos de persecução penal, até os dias de hoje, continuam tolerando a circulação da minuta na órbita virtual, é porque sabem que ela não possui qualquer valor jurídico”, argumentaram os advogados, em manifestação apresentada ao STF.
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