Política
por José Nilton Jr.
Publicado em 09/09/2025, às 14h18
O julgamento sobre a trama golpista ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro mal havia começado quando surgiu o primeiro sinal de discordância entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Após apenas sete minutos de fala do relator, o ministro Alexandre de Moraes, Luiz Fux pediu a palavra e indicou que pretende se posicionar contra um ponto central do processo.
Alexandre de Moraes estava prestes a iniciar a análise das questões preliminares levantadas pelas defesas dos réus da trama quando foi interrompido por Fux, que antecipou sua posição.
“Desde que a denúncia foi recebida, sempre ressaltei e fui vencido em relação a essas questões, por uma questão de coerência”, disse o ministro, dando a entender que repetirá a mesma objeção apresentada em março deste ano.
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De acordo com Moraes, naquele julgamento diversas preliminares foram rejeitadas por unanimidade, com o apoio inclusive de Fux. A única exceção foi a discussão sobre a competência da Primeira Turma do STF para conduzir o caso.
É justamente esse o ponto em que Fux deve insistir novamente: ele entende que a investigação da tentativa de golpe de Estado deveria ser julgada pelo plenário, com a presença de todos os ministros da Corte, e não apenas pela Turma.
Na ordem de votação estabelecida, Fux será o terceiro a se manifestar. Antes dele, falam Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Depois, será a vez da ministra Cármen Lúcia e, por fim, do presidente do colegiado, Cristiano Zanin.
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