Política
por José Nilton Jr.
Publicado em 30/07/2025, às 15h25
O atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a apreensão em torno da tarifa de 50% anunciada por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, é “uma construção irreal”. De acordo com o ministro, a tensão começou no próprio Brasil e deverá acabar com o avanço das negociações entre as nações.
“A inquietação que surgiu da parte do Brasil deverá desaparecer. Ela foi artificialmente criada por brasileiros e não faz sentido alimentar esse tipo de tensão. O bom senso vai prevalecer, e um acordo será alcançado”, declarou Haddad, nesta quarta-feira (30), em coletiva realizada no Ministério da Fazenda, em Brasília.
As tarifas anunciadas por Trump devem começar a valer a partir do dia 1º de agosto. Mesmo assim, o Brasil segue conversando com autoridades dos EUA na tentativa de reverter a medida.
Eduardo Bolsonaro no centro da tensão diplomática
Ainda durante a coletiva, o ministro Fernando Haddad falou sobre o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, de acordo com Haddad, tem atuado nos EUA em desfavor aos interesses do Brasil.
O ministro da Fazenda afirmou que a postura de Eduardo Bolsonaro funciona como um movimento para desestabilizar a economia brasileira, além de interferir no sistema de Justiça.
“Há uma tentativa explícita de buscar apoio externo para ações contra o próprio país, e isso precisa ser visto com atenção”, disse.
Eduardo Bolsonaro, que está licenciado do mandato na Câmara, se reuniu com pessoas ligadas à Donald Trump. Além disso, o parlamentar brasileiro é alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) por, supostamente, realizar uma articulação contra a democracia brasileira.
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A carta de Trump, enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início de julho, vincula diretamente a imposição das tarifas à situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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