Governo prepara MP para mitigar impacto das tarifas dos EUA sobre exportações brasileiras

Ainda nesta quarta-feira (6), Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, deve enviar ao Palácio do Planalto um plano com uma medida provisória (MP) elaborada com as ações criadas pelo governo federal em relação às tarifas de 50% impostas por Donald Trump a produtos brasileiros. 

De acordo com informações do governo federal, a medida tem como objetivo mitigar os prejuízos, principalmente no que diz respeito aos pequenos exportadores e agricultores, que são os principais afetados pelas novas medidas anunciadas pelos Estados Unidos. 

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Programa finalizado

De acordo com Haddad, o programa está finalizado. Nele, constam alguns tópicos como: concessão de crédito às empresas prejudicadas, além de ampliação das compras públicas, entre outras iniciativas.

“A maior preocupação é com os pequenos agricultores do país. Este será um plano muito abrangente”, afirmou Fernando Haddad.

O ministro também relatou que o detalhamento da resposta não irá depender de análise caso a caso por meio de lei ordinária. “A questão de empresa por empresa pode ser ajustada. Provavelmente, o ato do presidente Lula se transforme em uma medida provisória, para que tenha efeito imediato”, disse.

Reação política e soberania nacional

Ainda durante a sua declaração, Fernando Haddad fez críticas a postura do governo dos Estados Unidos e falou que a ação brasileira visa defender a soberania nacional, além de aplicar a legislação interna de forma autônoma. 

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“Somos o único país do mundo com uma força política atuando em Washington contra os nossos interesses”, destacou, em referência às ações de membros da oposição.

Alinhamento internacional

O ministro ainda disse que uma foi marcado um ecnontro com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. A reunião está prevista para acontecer no dia 13 deste mês.

Haddad ainda fez duras críticas a adoção de tarifas elevadas a países da América do Sul. De acordo com ele, o Brasil faz parte de um bloco econômico, juntamente a outros países, e não pode ser tratado de forma isolada.

“Assim como a União Europeia, devemos ser considerados enquanto bloco”, defendeu.