Negócios
por José Nilton Jr.
Publicado em 31/07/2025, às 16h36
A partir da próxima semana, as exportações que envolvem o café produzido no Brasil para os Estados Unidos serão taxadas em 50%. A medida, que foi divulgada por Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, deixa os produtores e exportadores brasileiros preocupados.
A preocupação deles é ainda maior, pois o café foi excluído da lista de produtos que seriam exeção, não recebendo a taxação anunciada pelo governo norte-americano.
Colheitas podem ser redirecionadas
De acordo com informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que faz parte da Esalq/USP, a tarifa anunciada por Trump pode fazer com que agricultores do Brasil redirecionem parte do que foi colhido para outros mercados fora do país.
Para isso acontecer, será necessário a execução de uma logística ágil, além de estratégias comerciais bem definidas para que a cadeia produtiva não seja tão prejudicada com a amudanla.
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“O Cepea destaca que a alta carga tributária pode afetar severamente a competitividade do café brasileiro no mercado norte-americano”, informou o centro em nota.
EUA podem sentir o impacto
Os Estados Unidos também pode ser sentir o impacto, já que o país não é um produtor de café em escala. Além disso, os EUA depende de importações para abastecer torrefadoras, cafeterias, fabricantes de bebidas e redes varejistas.
Estados Unidos são o maior comprador do café brasileiro
Apenas no ano passado, o país norte-americano foi responsável por aproximadamente 23% das exportações brasileiras do produto, principalmente da variedade arábica.
A Colômbia, que é o segundo país que mais fornece café para os Estados Unidos, obteve 17% das importações do produto, seguida pelo Vietnã, com aproximadamente 4%.
Nesse cenário, o Brasil é peça-chave na cadeia global do café, porém, a tarifa imposta por Donald Trump representa um desafio logístico e econômico.
Consumidores do produto poderão sentir o impacto
Ainda segundo informações do Cepea, essa mudança pode impactar até mesmo os consumidores americanos. Os preços e o sabor dos cafés mais consumidos no país podem ser afetados.
“A composição dos blends tradicionais pode ser alterada, pois os grãos brasileiros são referência sensorial e de equilíbrio”, destacou o comunicado.
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