Política
A residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, passará a ser monitorada por equipes da Polícia Penal do Distrito Federal, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A medida foi tomada nesta terça-feira (26) e atende a pedidos do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) e da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo a decisão, o policiamento deve ocorrer em tempo real, sem exposição indevida, indiscrição midiática ou medidas intrusivas dentro do imóvel. O uso de uniformes e armamento ficará a critério das autoridades.
A PF justificou o pedido de reforço com base em informações sobre um possível “risco concreto de fuga” de Bolsonaro, incluindo a hipótese de tentativa de entrada na Embaixada dos Estados Unidos para solicitar asilo político.
Outro documento obtido pela investigação mostra um rascunho de pedido de refúgio à Argentina, destinado ao presidente Javier Milei.
Polícia dentro da casa
Além do policiamento externo, a Polícia Federal solicitou a presença de uma equipe fixa dentro da residência de Bolsonaro, 24 horas por dia, para garantir a prisão domiciliar. O órgão argumenta que o monitoramento por tornozeleira eletrônica não é suficiente, já que pode sofrer falhas de sinal ou até manipulações deliberadas.
A PGR, por sua vez, defende apenas vigilância ostensiva externa. O ministro Moraes encaminhou o novo ofício da PF para análise da Procuradoria antes de decidir sobre a medida mais rígida.
Contexto judicial
A decisão ocorre às vésperas do julgamento do núcleo 1 da ação penal sobre o planejamento de um golpe de Estado, na qual Bolsonaro é réu e apontado como líder de organização criminosa.
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