Política
Publicado em 10/06/2025, às 16h23 Redação
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começou a ser interrogado na tarde desta terça-feira (10) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado. A oitiva é conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes.
Logo nos primeiros minutos, Bolsonaro adotou um tom político. Traçou uma linha do tempo da própria carreira, defendeu o projeto do voto impresso e citou realizações do governo, como obras de infraestrutura.
Ele também afirmou que a desconfiança sobre a segurança das urnas eletrônicas “não é exclusividade dele” e mencionou uma declaração do atual ministro Flávio Dino, feita em 2010 após uma derrota eleitoral. “Palavras do senhor Flávio Dino: ‘Houve várias fraudes’”, declarou Bolsonaro.
O ex-presidente também relembrou a campanha eleitoral de 2018, classificando-a como “atípica” por conta do atentado a faca que sofreu. Afirmou ainda ter discutido com o então presidente do TSE, Luiz Fux, sobre a implantação do voto impresso. “Fiquei feliz, mas depois o STF declarou o voto como inconstitucional”, disse.
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Na parte da manhã, foram ouvidos o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o general Augusto Heleno, também investigados no mesmo caso.
Bolsonaro é um dos oito réus apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como integrantes do “núcleo crucial” da suposta trama golpista.
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