Política
por José Nilton Jr.
Publicado em 17/09/2025, às 16h13
Nesta quarta-feira (17), o atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse que considera “inaceitável” a imposição de sanções dos Estados Unidos contra o Brasil e integrantes da Corte.
A declaração foi feita durante uma sessão do Supremo em relação à conclusão do julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados por envolvimento em tentativa de golpe de Estado.
O presidente do STF ainda destacou que a decisão foi embasada em provas, entre elas declarações que apontavam o planejamento da operação chamada Punhal Verde Amarelo, que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, também do Supremo Tribunal Federal (STF).
“É totalmente iníquo penalizar o Brasil, os cidadãos brasileiros, as empresas locais, os trabalhadores e seus negócios por uma deliberação baseada em uma vasta gama de provas, com ampla cobertura da mídia internacional. Igualmente, é injusto punir os ministros que, com bravura e autonomia, realizaram suas funções”, disse.
Barroso também refutou a tese de perseguição política contra o ex-presidente Bolsonaro e os demais condenados. “Não há caça às bruxas. Todas as ações se fundamentaram em evidências”, reforçou.
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Barroso ainda lembrou seus vínculos pessoais com os EUA, onde viveu e estudou, e defendeu a retomada do diálogo.
“É hora de virar a página e restaurar a paz e a serenidade no país. Este é um apelo à compreensão, em prol do bem-estar de nossas nações, da longa amizade e da justiça”, concluiu.
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