Polícia
Publicado em 30/05/2025, às 19h09 - Atualizado às 21h12 Redação
O Sindicato dos Policiais Penais do Rio Grande do Norte (Sindppen-RN) está em alerta há risco de novos confrontos entre facções no Complexo Penitenciário de Alcaçuz. Durante revistas feitas em maio, os agentes encontraram armas artesanais e objetos cortantes escondidos nas celas, o que aponta para possíveis rebeliões em preparação. O mês foi marcado por violência nos presídios de Natal e outras regiões do estado, com mortes, tentativas de fuga e motins.
“Estamos encerrando um mês muito violento no sistema prisional. Teve execução, tentativa de motim e várias armas artesanais apreendidas”, afirmou Vilma Batista, presidente do Sindppen-RN.
Vilma também criticou a postura da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), dizendo que o órgão ignora os alertas e ainda persegue os policiais penais, em vez de investir na segurança. “Ontem, fizemos uma revista no Rogério Coutinho Madruga e encontramos facas feitas com pedaços arrancados de paredes e camas. No dia 13, em Alcaçuz, já havíamos apreendido objetos perfurantes. Os presos ameaçam novo confronto”, relatou.
Segundo o sindicato, a SEAP não oferece a estrutura necessária para combater a ação do crime organizado, que quer retomar o controle dos presídios. Além da falta de recursos, os agentes denunciam assédio e perseguição interna. “Mesmo diante da inoperância e do abandono da secretaria, continuamos fazendo a nossa parte”, reforçou Vilma.
Em maio, além das apreensões, pelo menos duas mortes foram registradas em presídios do RN. O Sindppen-RN alerta que a situação se repete por todo o estado e cobra ações urgentes para evitar uma nova crise como a de 2017, quando Alcaçuz foi palco de um massacre entre facções rivais. Até o fechamento desta edição, a SEAP não se pronunciou sobre as denúncias.
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