Polícia
Publicado em 18/07/2025, às 14h55 - Atualizado às 14h55 BNews Natal
A Polícia Civil de São Paulo identificou o principal suspeito pela morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior, de 35 anos, encontrado morto no dia 3 de junho em um buraco dentro do Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital.
Segundo as investigações, o homem é um segurança que trabalhava no evento realizado no local na sexta-feira, 30 de maio, data do desaparecimento da vítima. Ele possui antecedentes por furto e ameaça.
Na manhã desta sexta-feira (18), cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diferentes endereços como parte da operação da Polícia Civil para reunir novas provas. Cinco pessoas, incluindo o suspeito, foram levadas à delegacia. Durante a ação, foram apreendidos cinco notebooks, sete celulares e 21 munições de calibre .38.
Vítima pode ter sido enterrada viva, indica laudo
O corpo de Adalberto foi encontrado dentro de um buraco com cerca de três metros de profundidade e 70 centímetros de diâmetro, em uma área em obras no autódromo.
O laudo do Instituto Médico Legal indicou a presença de terra nas vias aéreas, sugerindo que o empresário ainda estava vivo ao ser colocado no buraco. A asfixia foi confirmada como causa da morte, mas não há conclusão se foi provocada diretamente pela terra.
O exame pericial também apontou escoriações no pescoço, compatíveis com golpe mata-leão, possivelmente aplicado por seguranças. Já o laudo toxicológico não detectou álcool ou drogas no corpo da vítima, o que contraria a versão do amigo Rafael Aliste, que relatou ter consumido cerveja e maconha com Adalberto.
Sangue feminino e proteína do sêmen levantam novas dúvidas
A Polícia Técnico-Científica identificou, no carro do empresário, amostras de sangue pertencentes a ele e a uma mulher ainda não identificada. Além disso, exames revelaram a presença de antígeno prostático específico (PSA) na região do pênis da vítima, proteína indicativa de sêmen.
No entanto, o Instituto de Criminalística esclareceu que esse achado pode estar ligado a reflexos corporais comuns em casos de asfixia, sem necessariamente indicar relação sexual.
As investigações seguem em andamento para esclarecer as circunstâncias da morte e identificar todos os envolvidos.
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