Polícia

“Profeta” com 8 milhões de seguidores é alvo da Operação Blasfêmia por fraudes religiosas

Em uma das gravações, o falso profeta chegou a afirmar que “assim como Sara foi visitada por um anjo”, o mesmo aconteceria com quem participasse da corrente - Reprodução/Redes sociais
Para dar credibilidade à fraude do profeta, atendentes foram contratados e orientados a ligar para as vítimas solicitando depósitos bancários  |   BNews Natal - Divulgação Em uma das gravações, o falso profeta chegou a afirmar que “assim como Sara foi visitada por um anjo”, o mesmo aconteceria com quem participasse da corrente - Reprodução/Redes sociais
José Nilton Jr.

por José Nilton Jr.

Publicado em 24/09/2025, às 15h23



Nesta quarta-feira (24), a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público estadual (MPRJ) executaram a Operação Blasfêmia, que teve como objetivo a desarticulação de um esquema de telemarketing religioso no qual era prometido milagres em troca de dinheiro.

A ação aconteceu nas cidades de Niterói e São Gonçalo, no Rio de Janeiro, onde foram identificados call centers usados para enganar fiéis e arrecadar quantias que variavam entre R$ 20 e R$ 1,5 mil.

De acordo com as investigações, o grupo era liderado por Luiz Henrique dos Santos Ferreira, conhecido como profeta Henrique Santini, que acumula mais de 8 milhões de seguidores juntando os números das suas redes sociais.

A engrenagem do “golpe da prosperidade”

O esquema funcionava da seguinte maneira: mensagens religiosas eram disseminadas por meio de vídeos e transmissões ao vivo. Após isso, Santini convencia os seguidores de que suas dificuldades financeiras eram causadas pelo “inimigo”, prometendo que uma oração especial realizada por ele traria abundância e libertaria os fiéis da escassez em que se encontravam. 

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Em uma das gravações, o falso profeta chegou a afirmar que “assim como Sara foi visitada por um anjo”, o mesmo aconteceria com quem participasse da corrente de prosperidade.

Para dar credibilidade à fraude, dezenas de atendentes foram contratados e orientados a ligar para as vítimas solicitando depósitos bancários.

Call center desmantelado e milhões movimentados

A Polícia Civil flagrou 42 pessoas em atividade em um call center, que era responsável por cobrar os valores das vítimas em nome do religioso. A apuração indica que o esquema movimentou mais de R$ 3,3 milhões nos últimos dois anos, explorando a fé de milhares de seguidores.

A Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias, o sequestro de bens e a colocação de tornozeleira eletrônica no líder religioso. 

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