Polícia
O ex-integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), conhecido como Frank, divulgou vídeos nas redes sociais comentando a soltura de Fernando Gonçalves dos Santos, o “Azul”, líder considerado peça-chave pela cúpula da facção criminosa.
A liberdade foi concedida em 5 de agosto de 2025, após 28 anos de prisão por crimes como roubo, tráfico de drogas, receptação e associação criminosa.
Liberdade de “Azul” levanta suspeitas
Azul deixou a Penitenciária Federal de Mossoró (RN) e, segundo Frank, sua soltura estaria ligada ao assassinato do delegado Ruy Ferraz Fontes, morto em uma emboscada na noite de 15 de setembro, em Praia Grande (SP).
Quem mandou matar o delegado foi o Azul. Quem cometeu o assassinato não foram os caras de Praia Grande, mas de São Vicente. Para o Azul ordenar a morte, ele precisa do ‘ok’ da cúpula e assumir as consequências dentro da comunidade”, afirmou Frank em vídeo no TikTok.
Questionamentos sobre soltura de líderes do PCC
Frank levantou dúvidas sobre a sequência de libertações de criminosos de alto escalão da facção. Em tom de alerta, sugeriu que decisões judiciais estariam favorecendo o avanço do crime organizado:
Será que estão soltando gente pela porta da frente para mandar entrar o mal? Porque soltam liderança do PCC e depois acontece o que fizeram com o delegado…”
Possível envolvimento político
O ex-membro do PCC ainda insinuou que políticos poderiam estar por trás da liberação de presos considerados de alta periculosidade, ampliando a preocupação sobre possíveis interesses ocultos que estariam influenciando o sistema de Justiça.
Relembre o caso
O delegado Ruy Ferraz Fontes, conhecido por sua atuação contra o crime organizado em São Paulo, foi morto em uma emboscada armada por criminosos em 15 de setembro de 2025, em Praia Grande, no litoral paulista.
O ataque ocorreu quando ele saía de um compromisso à noite e seguia em um carro comum para casa, sendo surpreendido por homens fortemente armados, já que o veículo brindado estava na oficina.
Fontes já havia chefiado o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e comandava operações contra o PCC. A morte gerou forte repercussão nacional, com autoridades cobrando rigor nas investigações.
Atualmente, a Polícia Civil e o Ministério Público investigam se a ordem para a execução partiu da alta cúpula do PCC, com suspeitas recaindo diretamente sobre Azul, recém-libertado após quase três décadas de prisão.
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