Polícia
Nesta sexta-feira (12), a Polícia Federal prendeu Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", juntamente com o empresário Maurício Camisotti, que são suspeitos envolvimento nas fraudes do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Segundo as investigações, o “Careca do INSS” atuava como intermediário entre sindicatos e associações. Ele recebia valores que eram descontados de forma irregular dos aposentados e repassava parte para servidores do INSS, familiares e empresas ligadas a eles.
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De acordo com as investigações, o "Careca do INSS" funcionava como um intermediário entre sindicatos e associações. Ele recolhia quantias que eram retiradas indevidamente dos aposentados e encaminhava uma parte para funcionários do INSS, seus parentes e companhias associadas a eles.
A prisão de Antônio Carlos e Maurício Camisotti é um desdobramento da Operação Cambota, que investiga um esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS.
Em nota, a PF informou que estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão, todos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados de São Paulo e no Distrito Federal.
Antunes foi encaminhado para a Superintendência do Distrito Federal. Os agentes também fazem buscas na casa dele. Segundo as investigações, ele transferiu R$ 9,3 milhões para pessoas relacionadas a servidores do INSS entre 2023 e 2024.
Camisotti, que foi preso em São Paulo, é apontado como sócio oculto de uma entidade e beneficiário das fraudes na Previdência. A defesa do empresário disse não haver "qualquer motivo que justifique sua prisão no âmbito da operação relacionada à investigação de fraudes no INSS". (Leia a íntegra ao final desta reportagem.)
Em abril deste ano a PF em conjunto com Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a Operação Sem Desconto para combater um esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.
O cálculo é que entidades investigadas tenham descontado de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. À época, pelo menos seis servidores públicos foram afastados de suas funções.
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