Polícia
por José Nilton Jr.
Publicado em 22/08/2025, às 13h32
De acordo com informações presentes em relatórios do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que foram anexados a um levantamento da Polícia Federal (PF), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) movimentou R$ 4,1 milhões no período de setembro de 2023 a junho de 2025.
Em relação ao vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), este teria recebido R$ 4,8 milhões em um período de um ano. A Polícia Federal classifica essas transações como suspeitas de lavagem de dinheiro e outros crimes.
Apesar de ambos os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) terem sido citados na investigação, somente Eduardo e o ex-presidente foram formalmente acusados de obstrução da justiça e prática de violência contra o Estado Democrático de Direito.
Eduardo Bolsonaro:
15/03/2023 a 21/02/2024: créditos de R$ 1.081.731,51 e débitos de R$ 1.501.047,57
01/09/2023 a 22/08/2024: créditos de R$ 1.361.402,62 e débitos de R$ 1.381.314,26
23/08/2024 a 05/06/2025: créditos de R$ 2.799.694,77 e débitos de R$ 2.761.023,77
O total de R$ 4,1 milhões de reais é referente a transações entre setembro de 2023 e junho de 2025. De acordo com a PF, o valor real pode ser maior, pois há transações suspeitas desde março de 2023 que não estão totalmente detalhadas.
As transferências estão relacionadas a empresa de Eduardo e sua esposa, além de operações envolvendo Jair Bolsonaro e terceiros.
Carlos Bolsonaro:
01/09/2023 a 22/08/2024: créditos de R$ 4.859.014,37 e débitos de R$ 4.868.533,15
Cerca de R$ 1,7 milhão vieram de contas do mesmo titular, distribuídas em 24 transações;
R$ 700 mil foram transferidos por um empresário do setor automotivo.
Para a Polícia Federal, os relatórios da Coaf apontam indícios de lavagem de dinheiro e outros crimes.
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Essas movimentações financeiras fazem parte da apuração sobre ações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, incluindo eventos de obstrução da justiça e ameaças ao Estado Democrático de Direito.
O relatório detalha a movimentação de crédito e débito de cada conta, reforçando a análise sobre a origem e a destinação dos valores recebidos, além de subsidiar futuras medidas judiciais.
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