Polícia
Publicado em 08/06/2025, às 09h26 Dani Oliveira
Policiais penais localizaram três celulares escondidos no teto de uma cela, na manhã deste sábado (7), durante uma reforma na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Grande Natal.
A direção da unidade acredita que o esconderijo é muito antigo, uma vez que estava camuflado com reboco. Os aparelhos estavam descarregados.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, anotações localizadas com os celulares têm data de 2015, reforçando as suspeitas da direção da unidade que os aparelhos estavam escondidos há muito tempo.
Ainda de acordo com a pasta, atualmente, as celas de todas as unidades prisionais do estado não têm energia elétrica, seguindo recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o que inviabiliza o carregamento de aparelhos.
Massacre em 2017
Em 2017, a Penitenciária de Alcaçuz foi palco do episódio mais sangrento do sistema prisional potiguar, terminando, oficialmente, com 27 presos mortos.
A rebelião começou no dia 14 de janeiro daquele ano e envolveu uma disputa de dois grupos criminosos rivais.
Os corpos encontrados estavam em condições de extrema brutalidade. Com capacidade naquela época para 620 internos, Alcaçuz tinha 1,2 mil presos no dia da matança.
Antes de acontecer o massacre, os pavilhões 1, 2, 3 e 4 pertenciam à Alcaçuz. Já o pavilhão 5, antes dominado por presos do Primeiro Comando da Capital, fazia parte do Presídio Rogério Coutinho Madruga, que é um anexo de Alcaçuz. Na época, apenas uma cerca de arame farpado separava as duas unidades.
Armados, presos do PCC saíram do pavilhão 5 e invadiram o pavilhão 4, onde estavam parte dos presos do Sindicato do Crime do RN, facção rival que nasceu de membros desgarrados do próprio PCC.
Pelo menos três pavilhões do complexo penitenciário foram destruídos durante a ação.
Classificação Indicativa: Livre