Polícia
Publicado em 30/07/2025, às 20h43 BNews Natal
A equipe jurídica do policial militar Pedro Inácio Araújo de Maria apresentou um novo pedido à Justiça. A defesa solicita a substituição da prisão preventiva por uma medida cautelar de caráter humanitário. O argumento principal é um laudo médico que confirma que o réu sofre de polineuropatia amiloidótica familiar, doença considerada rara, progressiva e incompatível com o ambiente carcerário.
De acordo com o documento, o estado de saúde do réu se deteriorou desde que foi preso. O advogado afirma que Pedro perdeu cerca de 30 quilos, o que indicaria risco iminente à integridade física dele. A nota foi divulgada nesta quarta-feira, dia 30.
Alegações da defesa
A defesa enfatiza que o pedido não busca qualquer tipo de privilégio. Segundo o posicionamento dos advogados, a intenção é garantir que a Justiça aja com sensibilidade, aplicando a lei de forma técnica, mas com respeito à dignidade humana. O grupo jurídico acredita que a análise do caso pode abrir espaço para uma decisão mais justa, diante das circunstâncias clínicas apresentadas.
Pedro Inácio está preso desde 2019. Ele foi detido 13 dias após a morte da jovem Zaira Cruz, de 22 anos, cujo corpo foi encontrado em Caicó, no sábado de Carnaval, dia 2 de março. O crime teve grande repercussão na região, o que levou o processo a ser transferido da Comarca de Caicó para Natal, sob alegação de possível parcialidade do júri no Seridó.
Julgamento interrompido
O caso, que já conta com aproximadamente 7 mil laudas, teve seu julgamento iniciado em 2 de junho deste ano, no Fórum Miguel Seabra Fagundes. No entanto, a audiência foi interrompida no dia seguinte. A suspensão ocorreu após os advogados de Pedro Inácio decidirem deixar o plenário, o que levou à dissolução do Conselho de Sentença.
Com a interrupção, o julgamento precisará ser remarcado. Até o momento, uma nova data para o júri ainda não foi anunciada.
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