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Publicado em 21/07/2025, às 13h15 BNews Natal
O setor de eventos de cultura e entretenimento está em franca expansão e já figura entre os motores da economia brasileira. Com um crescimento de 4,6% no Produto Interno Bruto (PIB) no acumulado de quatro trimestres até o 1º trimestre de 2025, o desempenho supera a média nacional, que foi de 3,5%, conforme aponta o Radar Econômico da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (ABRAPE), com base em dados do IBGE e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Esse avanço também se reflete diretamente na geração de empregos. Em maio de 2025, o setor alcançou 331.987 empregos formais em seu core business, o que representa um aumento de 74,6% em comparação a 2019, quando havia 190.171 postos registrados. Para efeito de comparação, o crescimento médio nacional no mesmo período foi de 21,9%.
Organização de eventos puxa crescimento com alta de 130% nos empregos
Um dos segmentos com maior destaque é o de “Atividades de organização de eventos”, que mais que dobrou seu desempenho nos últimos anos.
De 47.262 trabalhadores formais registrados em 2019, o número saltou para 109.025 em maio de 2025, um crescimento de 130,7%. A área inclui desde eventos corporativos até espetáculos culturais, esportivos e atividades de lazer.
O core business do setor engloba ainda a promoção de shows, atividades artísticas e culturais, além da recreação e da produção de eventos esportivos. Esse conjunto de atividades, cada vez mais estruturado, mostra como o setor passou de vulnerável na pandemia para protagonista no cenário econômico atual.
Consumo bilionário e legado do PERSE impulsionam retomada
O volume de consumo no setor também impressiona. Em maio de 2025, foram movimentados R$ 11,618 bilhões. Entre janeiro e maio, o acumulado atingiu R$ 57,8 bilhões, o maior da série histórica iniciada em 2019. O aumento foi de 3,3% em relação ao mesmo período de 2024, reforçando o vigor da cadeia produtiva.
Segundo Doreni Caramori Júnior, presidente da ABRAPE, a transformação do setor só foi possível graças a políticas públicas como o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), criado durante a pandemia.
“A geração de empregos e o crescimento acima da média são provas concretas de que o PERSE não apenas funcionou, mas foi decisivo para transformar um momento de crise em oportunidade”, afirma.
O Radar Econômico da ABRAPE utiliza metodologia própria com base em dados oficiais da Receita Federal, IBGE e MTE, oferecendo um panorama preciso sobre o impacto real do setor na economia.
ABRAPE lidera setor e defende estímulo contínuo à cadeia de eventos
Criada em 1992, a ABRAPE representa mais de 850 empresas associadas em todos os estados brasileiros. Durante a pandemia, foi a principal articuladora do PERSE, considerado o maior programa de transação fiscal da história do país.
A entidade continua atuando como referência no fortalecimento do setor, promovendo o associativismo e defendendo políticas que impulsionem a retomada econômica por meio da cultura e do entretenimento.
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