Negócios
Publicado em 02/07/2025, às 14h15 BNews Natal
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção insdustrial no Brasil recuou cerca de 0,5% em maio e registrou a segunda queda mensal consecutiva.
Os números fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM). No mês de abril, o setor já havia registrado uma queda de 0,2%.
Desempenho negativo
O desempenho negativo foi puxado em grande parte pela queda na produção de veículos automotores. Esse setor é sensível ao crédito e acaba sentindo os efeitos da alta da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 15% ao ano.
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Mesmo com recuo sendo registrado no curto prazo, a indústria ainda demonstra um crescimento de 3,3% em relação a maio do ano passado. Nos últimos 12 meses, acumula alta de 2,8%, permanecendo 2,1% acima do nível pré-pandemia, mas ainda 15% abaixo do pico histórico registrado em 2011.
Setores que mais recuaram em maio
Veículos automotores, reboques e carrocerias: -3,9%
Produtos de metal: -2,0%
Produtos alimentícios: -0,8%
Bebidas: -1,8%
Coque, derivados de petróleo e biocombustíveis: -1,8%
Confecção de roupas e acessórios: -1,7%
Móveis: -2,6%
Em contrapartida, o setor extrativo mineral teve desempenho positivo e cresceu 0,8% no mês.
Categorias mais afetadas
Bens de consumo duráveis: -2,9%
Bens de capital (máquinas e equipamentos): -2,1%
Bens de consumo semi e não duráveis: -1,0%
Bens intermediários: leve alta de 0,1%
A explicação mais plausível para o recuo dos bens duráveis está na queda na fabricação de automóveis, motocicletas e eletrodomésticos da linha marrom, como televisores e aparelhos de som.
Cenário para o futuro
Com a taxa Selic em alta para conter a inflação (que acumula 5,32% em 12 meses, acima do teto da meta de 4,5%), o cenário para os próximos meses será complicado e desafiador para a indústria.
A previsão é que os efeitos plenos da política monetária só se façam sentir de forma mais expressiva entre seis a nove meses após as decisões do Banco Central.
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