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Inflação cai mais para famílias pobres em agosto, revela estudo do Ipea

Entre as famílias de renda muito baixa, com ganhos abaixo de R$ 2.202,02 reais, a queda foi de 0,29% - Reprodução/Internet
O levantamento aponta que, para esse grupo, a inflação caiu mais de 0,20%. Já o índice oficial teve uma retração de 0,11%  |   BNews Natal - Divulgação Entre as famílias de renda muito baixa, com ganhos abaixo de R$ 2.202,02 reais, a queda foi de 0,29% - Reprodução/Internet
José Nilton Jr.

por José Nilton Jr.

Publicado em 15/09/2025, às 15h40



De acordo com um relatório divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as famílias de baixa renda do Brasil sentiram um alívio maior no mês de agosto. O levantamento aponta que, para esse grupo, a inflação caiu mais de 0,20%. Já o índice oficial teve uma retração de 0,11%. 

Em relação à população com renda acima de R$ 22 mil mensais, a pesquisa mostra que estes sentiram o custo de vida subir 0,10% no mesmo período.

A análise, que se baseia no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, observa o impacto da variação de preços em diferentes faixas de renda brasileiras. Ainda de acordo com os números, as três camadas mais pobres foram as mais beneficiadas pela deflação registrada no período. 

Entre as famílias de renda muito baixa, com ganhos abaixo de R$ 2.202,02 reais, a queda foi de 0,29%. Já no que diz respeitos às pessoas de renda baixa, entre R$ 2.202,02 e R$ 3.303,03, a redução chegou a 0,21%. A faixa média-baixa (até R$ 5.505,06), sentiu um recuo de 0,19%.

Energia e alimentos puxam a queda

Segundo a pesquisadora do Ipea, Maria Andreia Parente Lameiras, os fatores que contribuíram para a queda registrada foram dois: a redução nas contas de energia elétrica e a deflação dos alimentos consumidos em casa.

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“O Bônus de Itaipu neutralizou os efeitos da bandeira vermelha patamar 2, que acrescentaria R$ 7,87 a cada 100 kWh. Isso beneficiou diretamente as famílias mais pobres”, destacou.

Ao todo, aproximadamente 80,8 milhões de consumidores foram contemplados com a bonificação. Em relação aos alimentos, os principais recuos foram nos preços de cereais (-2,5%), tubérculos (-8,1%), café (-2,2%), carnes (-0,43%), aves e ovos (-0,8%) e leite (-1%).

Impacto diferente para os mais ricos

Já nas famílias de renda alta, com rendimentos mensais acima de R$ 22 mil reais, a deflação de alimentos e energia foi compensada pela elevação nos serviços, como alimentação fora de casa e entretenimento. 

Em relação aos últimos 12 meses, o cenário se inverte. As camadas mais pobres foram as que mais sentiram a alta de preços: a inflação para a renda baixa ficou em 5,33%, acima do IPCA acumulado de 5,13%. Entre as famílias mais ricas, o aumento foi de 5%.

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