Negócios
Publicado em 18/06/2025, às 21h52 Redação
O Fundo Amazônia teve um primeiro semestre histórico em 2025 aprovou R$ 1,189 bilhão em projetos e alcançou o melhor desempenho desde a sua criação, em 2009. O resultado veio após a entrada de novos doadores e a internalização de R$ 1 bilhão nos últimos dois anos, o que permitiu dobrar a captação de recursos.
Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e gerido pelo BNDES, o fundo financia ações de preservação, monitoramento e desenvolvimento sustentável na Amazônia.
Em 16 anos de existência, já foram aprovados projetos que somam R$ 5,6 bilhões. Desse total, R$ 2,7 bilhões já foram efetivamente desembolsados para execução.
Nos últimos anos, os valores destinados aos projetos cresceram significativamente. Desde 2023, foram liberados R$ 584 milhões naquele ano e R$ 947 milhões em 2024 — o que representa 23,3% de todas as iniciativas aprovadas até hoje, somando agora 133 projetos.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a importância da iniciativa, especialmente num cenário internacional em que os recursos têm sido direcionados para conflitos armados. “Enquanto o mundo investe em guerras, o Brasil investe na proteção da vida, no combate à mudança climática, à pobreza e à desigualdade”, afirmou.
Marina Silva ainda reforçou que os recursos do fundo, embora não reembolsáveis, representam um grande retorno social:
“Quando o dinheiro vai para as comunidades e não é reembolsado, a gente diz que é um dinheiro a fundo perdido, mas esse é um recurso a fundo ganho. É o ganho social, ambiental, econômico, científico, tecnológico, cultural e o ganho da parceria, da solidariedade.”
O balanço divulgado nesta segunda-feira (16) também evidenciou a abrangência dos projetos apoiados: eles alcançam diferentes regiões da Amazônia, beneficiando comunidades quilombolas, indígenas, extrativistas e agricultores familiares.
Entre os destaques estão:
Amazônia na Escola – leva a produção sustentável da agricultura familiar para dentro da rede pública de ensino.
Dabucury – Gestão Territorial e Ambiental na Amazônia Indígena – beneficiou 28 instituições em nove estados da Amazônia Legal.
Restaura Amazônia – nove editais focados em terras indígenas, assentamentos rurais e unidades de conservação, em uma faixa que vai do Maranhão ao Acre, passando por sul do Pará, Mato Grosso e Rondônia.
Restaura Amazônia – R$ 450 milhões: projetos de restauração ecológica e produtiva.
Amazônia na Escola – R$ 332 milhões: fortalecimento da agricultura familiar e oferta de alimento saudável nas escolas.
Sanear Amazônia – R$ 150 milhões: implantação de tecnologias sociais para acesso à água potável e produção de alimentos.
Naturezas Quilombolas – R$ 33 milhões: apoio à gestão territorial e ambiental de comunidades quilombolas.
Fortfisc (Ibama) – R$ 825 milhões: fortalecimento da fiscalização e combate ao desmatamento ilegal.
Ações de comando e controle – R$ 318 milhões: estruturação da Polícia Federal, PRF, polícias estaduais da Amazônia Legal e Força Nacional.
Corpos de Bombeiros – R$ 371 milhões: modernização e reforço das corporações na região amazônica.
Classificação Indicativa: Livre