Negócios
O comércio do Rio Grande do Norte bateu recorde em 2023 ao empregar 132.645 pessoas com carteira assinada, maior número desde o início da série histórica da Pesquisa Anual de Comércio (PAC), realizada pelo IBGE desde 2007.
O crescimento em relação a 2022 foi de 0,85%, quando o setor ocupava 131.524 trabalhadores. No acumulado dos últimos 16 anos, o número de empregados no comércio potiguar saltou 44%.
O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (7), revela ainda que o comércio varejista foi o que mais contratou, concentrando 71,7% dos postos de trabalho, o equivalente a 95.220 pessoas. O atacado vem em seguida com 23.367 empregos, enquanto o comércio de veículos, peças e bicicletas empregou 14.058 pessoas.
Essa alta no número de trabalhadores representa o terceiro ano consecutivo de crescimento após quedas sucessivas entre 2017 e 2020. Os dados também indicam que o setor já superou os níveis de ocupação anteriores à pandemia.
Número de empresas cresce, mas RN segue atrás no ranking regional
O número de empresas comerciais ativas também aumentou em 2023. Foram 21.182 unidades locais com receita de revenda no estado, alta de 1,78% em comparação com 2022, quando havia 20.811. No início da série, em 2007, o estado contava com 17.272 empresas. Isso representa um crescimento total de 22,64%.
Assim como na ocupação, o comércio varejista lidera o ranking de unidades com 16.392 empresas (77,3%). O atacado tem 2.506 e o setor de veículos, peças e motocicletas soma 2.284. Mesmo com os avanços, o RN ocupa a sétima colocação entre os estados nordestinos em número de empresas, à frente apenas de Alagoas e Sergipe.
Na comparação regional de receita bruta, o Rio Grande do Norte teve um faturamento de R$ 70,9 bilhões em 2023, o sexto maior do Nordeste, com 6,3% de participação no montante regional. O estado aparece na 19ª posição no ranking nacional, representando apenas 1% da receita bruta do comércio no país.
Faturamento cresce, mas salário médio encolhe
Apesar do aumento de receita e do número de pessoas empregadas, o salário médio pago aos trabalhadores do comércio potiguar recuou. Em 2023, o valor foi de 1,4 salário mínimo, abaixo dos 1,5 registrados em 2022. O valor atual é o mesmo observado em 2007, no início da série histórica.
Entre os segmentos, o comércio por atacado pagou os maiores salários (1,6 s.m.), seguido pelo setor de veículos e peças (1,4 s.m.). O varejo ficou com a menor média: 1,3 salário mínimo. Ainda assim, os gastos com salários, retiradas e outras remunerações subiram 1,72% e somaram R$ 3,1 bilhões em 2023.
A margem de comercialização, que representa a diferença entre a receita líquida de revenda e o custo das mercadorias vendidas, também cresceu: passou de R$ 13,3 bilhões em 2022 para R$ 13,4 bilhões em 2023.
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