Empresas brasileiras sob ataque: nova taxação dos EUA ameaça exportações e acende alerta fiscal

A imposição de tarifas adicionais pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, com início previsto para 1º de agosto, já pressiona empresas que atuam no comércio exterior. A medida, anunciada sob o argumento de proteger a indústria americana, deve impactar diretamente a margem de lucro de exportadoras nacionais, acirrando ainda mais a disputa por competitividade no mercado global.

Diante desse cenário, especialistas reforçam a importância de estratégias preventivas, com atenção redobrada a contratos, tributos e precificação. O contador e diretor da Rui Cadete, Daniel Carvalho, afirma que o papel da contabilidade vai muito além do cumprimento de obrigações: “Mudanças como essa afetam o planejamento financeiro e operacional.

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É necessário revisar contratos internacionais e reavaliar custos, margens e incentivos fiscais como o Reintegra e o drawback, que podem suavizar os impactos”.

Segundo ele, a contabilidade torna-se ferramenta estratégica ao oferecer análises e simulações financeiras capazes de orientar decisões críticas. Em tempos de incerteza, empresas precisam de respostas rápidas, com suporte técnico que garanta a continuidade e a rentabilidade das operações.

Daniel Carvalho

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Revisar contratos e negociar preços pode ser a salvação

Com o aumento das tarifas, companhias brasileiras devem agir rapidamente. Entre as orientações do especialista estão a revisão do planejamento tributário, renegociação de preços com compradores internacionais, reforço no compliance fiscal e exploração de novos mercados.

Daniel Carvalho destaca que o acompanhamento técnico constante é essencial em um ambiente global volátil, onde mudanças cambiais ou novas taxações exigem reações imediatas. “A contabilidade construtiva é decisiva para mitigar perdas e manter a competitividade”, afirma.

A entrada em vigor das sobretaxas está prevista para 1º de agosto, mas o governo brasileiro e entidades setoriais seguem buscando negociação com os EUA para tentar reverter ou suavizar os efeitos da medida. Até lá, a preparação estratégica pode ser o diferencial entre manter o negócio de pé ou acumular prejuízos.