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Produção de petróleo cai e de gás sobe no RN; empresa da Bahia compra infrestrutura em terra potiguar

Infraestrutura de escoamento e processamento de gás natural fica no ativo industrial de Guamaré, na Bacia Potiguar - Reprodução
Brava assinou contrato para venda de infraestrutura de gás natural no RN à Petrorecôncavo. A transação envolve US$ 65 milhões  |   BNews Natal - Divulgação Infraestrutura de escoamento e processamento de gás natural fica no ativo industrial de Guamaré, na Bacia Potiguar - Reprodução

Publicado em 06/06/2025, às 15h24   Redação



O Rio Grande do Norte registrou uma redução de 1,04% na produção de petróleo em terra, totalizando 2.678.129 barris, uma queda de 28.155 barris. Em contrapartida, a produção de gás natural em terra teve um leve aumento, subindo de 95.026 Mm³ para 95.323 Mm³, representando um crescimento de 0,31% (297 Mm³). Os dados estão no Boletim de Petróleo e Gás do RN, que compara a produção feita no primeiro trimestre de 2024 com o primeiro trimestre de 2025.

O Boletim destaca volumes produzidos, campos em operação e a distribuição dos royalties entre os municípios da região. Atualmente, a produção de petróleo em terra está altamente concentrada em duas empresas: 3R Petroleum (atualmente chamada Brava) e Potiguar E&P S.A., que juntas respondem por 98,4% da produção, mantendo a mesma participação registrada no mesmo período do ano passado.

No primeiro trimestre de 2025, a produção terrestre de petróleo e gás natural alcançou 2,678 milhões de barris e 95,32 milhões de metros cúbicos, respectivamente. A média diária foi de 29,8 mil barris de petróleo e 1,06 milhões de metros cúbicos de gás.

Entre os campos produtores, Canto do Amaro manteve a liderança na extração de petróleo, com 607,19 mil barris, seguido por Estreito, com 343,96 mil. Já na produção de gás natural, Lorena se destacou com 22,81 milhões de metros cúbicos.

No primeiro trimestre de 2025, 98 dos 167 municípios potiguares receberam repasses de royalties do petróleo e gás, somando R$ 106.569.675,25. O munícipio de Grossos se destacou como maior beneficiário, invertendo sua posição de 23º em 2023 e 21º em
2024. Alto do Rodrigues também registrou uma evolução notável, subindo uma colocação e alcançando o 2º lugar, com R$ 15.757.257,34, um aumento de R$ 9.204.061,00 em relação aos R$ 6.553.196,34 recebidos no mesmo período de 2024.

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A Brava assinou contrato para venda de infraestrutura de gás natural no Rio Grande do Norte. A compra será feita pela Petrorecôncavo, empresa de óleo e gás sediada na Bahia. A transação envolve US$ 65 milhões (cerca de R$ 340 milhões). A informação foi divulgada inicialmente pela InfoMoney.

O acordo envolve a venda de 50% das unidades de processamento e gás natural II e III; do gasoduto de escoamento Livramento/Guamaré; e das esferas de gás natural liquefeito (GNL) — ativos que compõem a infraestrutura de escoamento e processamento de gás natural localizada no ativo industrial de Guamaré, na Bacia Potiguar. 

O pagamento será realizado em quatro fases, sendo 10% na data de assinatura do contrato, 25% em até dez dias úteis contados da aprovação da transação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), 50% no fechamento da transação e 15% restantes de forma fracionada, “de acordo com etapas do processo de transferência imobiliária”.

Avanço estratégico

A transação representa um importante avanço estratégico para a PetroReconcavo, fortalecendo sua atuação na verticalização da cadeia de valor do gás natural. Trata-se também de um marco relevante para o setor, ao consolidar um novo arranjo de infraestrutura essencial ao desenvolvimento do onshore brasileiro e à construção de um mercado de gás natural mais competitivo, eficiente e dinâmico.

Esse é o segundo grande movimento da companhia rumo à verticalização no segmento de midstream. Em 2024, foi inaugurada a UTG São Roque, na Bahia, primeira unidade de tratamento de gás da PetroReconcavo, com capacidade de 400 mil metros cúbicos por dia e investimento de R$ 23 milhões. A unidade já recebe a produção dos campos de Mata de São João, Remanso, Jacuípe e Riacho São Pedro.

“Este contrato com a Brava é um investimento estratégico para a PetroReconcavo, pois viabiliza o alinhamento dos gasodutos de escoamento da produção com a malha de transporte. Como primeira empresa privada a produzir no onshore brasileiro, damos mais um passo importante com este marco, que reforça a capacidade da companhia de processar 100% dos volumes previstos de produção, além de contribuir para atrair demanda incremental, acompanhando a expansão do mercado de gás natural no país”, informou João Vitor Moreira, VP de Novos Negócios da PetroReconcavo.

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