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Publicado em 09/06/2025, às 14h24 Redação
Entidades e especialistas demonstraram reações negativas após o anúncio das medidas do novo pacote econômico apresentado por Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda.
A principal preocupação relatada é que as propostas podem gerar aumento no custo do crédito e repassar preços ao consumidor final.
Segundo a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, as novas propostas focam no aumento de impostos, especialmente sobre o setor financeiro e sobre o rendimento de títulos de renda fixa, hoje isentos.
“Essas medidas vão encarecer o custo do capital no Brasil”, afirmou a economista.
Outro ponto criticado pelo setor é a falta de discussão sobre a raiz do problema fiscal, cobrando reformas estruturais e corte de gastos.
Outras posições
O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), Luiz França, afirmou durante um entrevista ao CNN Money que a nova tributação sobre as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) elevará a taxa de juros para financiamentos habitacionais.
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De acordo com França, o aumento estimado é de 0,7%, o que vai acabar dificultando o acesso ao crédito para a classe média.
“Quem financia imóvel no Brasil vai sentir no bolso. Sempre que a taxa de juros sobe, compradores acabam saindo do mercado”, destacou.
Além do mercado imobiliário, o setor agropecuário também demonstrou preocupação. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) divulgou nota afirmando que a tributação de 5% dos rendimentos de LCIs e das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) vai impactar diretamente o custo dos alimentos.
“A conta será paga pelo consumidor que receberá o repasse no preço final dos alimentos”, alertou a FPA.
A equipe econômica apresentou o pacote no domingo (8), após reunião com líderes partidários, como alternativa ao recuo sobre o aumento do Imposto Sobre Transações Financeiras (IOF).
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