Geral
Publicado em 06/06/2025, às 20h50 Redação
Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está licenciado do mandato e mora nos Estados Unidos, ignorou os primeiros contatos da Polícia Federal (PF) para prestar esclarecimentos em um inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação apura a atuação do deputado em território americano contra autoridades brasileiras.
Em documento enviado ao STF, a PF por meio da Coordenação de Investigações e Operações de Contrainteligência afirmou que os "comprovantes automáticos gerados pelo sistema de correio eletrônico" mostram que "as mensagens foram devidamente recebidas pelos destinatários, conforme registros de entrega".
Segundo a corporação, o contato com Eduardo foi feito por dois e-mails, pelos telefones fornecidos pela Câmara dos Deputados e também pelo número pessoal dele via WhatsApp.
"No caso do aplicativo de mensagens, não há confirmação de recebimento da mensagem enviada", relatou a PF ao STF.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado em um inquérito relatado pelo ministro Alexandre de Moraes. A Procuradoria-Geral da República (PGR) suspeita que ele cometeu crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito.
Como está nos Estados Unidos e afastado do cargo desde fevereiro, Eduardo Bolsonaro pode responder às perguntas por escrito — mas, até agora, a PF não conseguiu efetivar a intimação.
Classificação Indicativa: Livre