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Nobel de Medicina revela segredo do corpo humano que pode revolucionar tratamentos

Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi, vencedores do Nobel 2025 - Reprodução/Nobel Prize
A premiação aconteceu na manhã desta segunda-feira (06)  |   BNews Natal - Divulgação Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi, vencedores do Nobel 2025 - Reprodução/Nobel Prize
Marina Gonçalves

por Marina Gonçalves

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Publicado em 06/10/2025, às 11h13



Na manhã desta segunda-feira, 06, três cientistas receberam o Prêmio Nobel de Medicina de 2025 após descobertas sobre a tolerância imunológica periférica, que impede o sistema imunológico de causar danos ao corpo.

De acordo com o site oficial Nobel Prize, as descobertas dos americanos Mary E. Brunkow e Fred Ramsdell, e do japonês Shimon Sakaguchi, lançaram as bases para um novo campo de pesquisa e estimularam o desenvolvimento de novos tratamentos para casos de doenças autoimunes e câncer, por exemplo.

O prêmio de 11 milhões de coroas suecas (R$ 6,2 milhões), concedido pelo Instituto Karolinska, em Estocolmo, capital da Suécia, será dividido igualmente entre os três profissionais.

Confira o anúncio completo da premiação:

Detalhes sobre a descoberta

Brunkow, Ramsdell e Sakaguchi reconheceram os guardas de segurança do sistema imunológico, identificadas como ‘células T reguladoras’, que estabeleceram as bases para um novo campo de pesquisa.

Além disso, as descobertas também levaram ao desenvolvimento de potenciais tratamentos médicos que agora estão sendo analisados em ensaios clínicos, como, por exemplo, tratar ou curar doenças autoimunes, tratamentos mais eficientes contra o câncer e até a prevenção de complicações graves após transplantes de células-tronco.

Como tudo começou

Conforme informações do G1, em 1995, o trabalho do imunologista japonês Shimon Sakaguchi indicou que a tolerância imunológica não acontece somente pela eliminação de células perigosas no timo (processo conhecido como tolerância central).

Sakaguchi, que trabalha na Universidade de Quioto e na Universidade de Osaka, no Japão, identificou um novo tipo de célula imune (T reguladoras), que protegem o corpo de doenças autoimunes.

Em 2001, nos Estados Unidos, Mary Brunkow e Fred Ramsdell descobriram que, uma mutação no gene FOXP3, estava por trás de uma grave síndrome autoimune chamada o IPEX.

Isso confirma que o gene é essencial para o desenvolvimento dessas mesmas células T reguladoras. Após dois anos, Sakaguchi conseguiu então demonstrar que o FOXP3 controla precisamente as células que ele havia descrito anteriormente.

Classificação Indicativa: Livre

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