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“Frankenstein”: nova variante da Covid pode chegar ao Brasil?

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Recentemente, a variante tem circulado por toda a França e tem preocupada autoridades de saúde  |   BNews Natal - Divulgação Reprodução/Pexels
Marina Gonçalves

por Marina Gonçalves

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Publicado em 02/10/2025, às 16h48



Há algumas semanas, uma variante da Covid, chamada XFG, e apelidada como ‘Frankenstein’, tem circulado por toda a França. Ela é resultado da combinação de diversas cepas do coronavírus e tem preocupado autoridades.

“A variante apelidada de ‘Frankenstein’ - tecnicamente associada à linhagem XFG / Stratus - é uma forma recombinante de SARS-CoV-2 que se espalhou por vários países em 2025”, revela a Dra. Roberta Pilla, otorrinolaringologista membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia (ABORL-CCF), no portal Terra.

“Dados das agências de saúde indicam que ela cresce rapidamente em alguns lugares, mas até agora não há evidência de que cause doença mais grave do que as variantes anteriores", acrescenta a profissional.

Mas a pergunta que não quer calar: os brasileiros devem se preocupar?

Pilla destaca que, “chance” em números exatos é complicado, porém a realidade prática é que o XFG/Stratus já foi detectado em diversos países. Em amostras, no Brasil houve identificação de linhagens recombinantes – que mostra capacidade de dispersão internacional.  

"Fatores que favorecem disseminação no Brasil: alta transmissibilidade relativa desta linhagem, fluxo internacional de pessoas, e a chegada da temporada de viroses respiratórias (outono/inverno). Portanto, a propagação no país é possível e plausível, mas seu impacto em hospitais dependerá do equilíbrio entre transmissibilidade e proteção da população. E não há indicação atual de que será uma catástrofe maior do que ondas anteriores", diz.

Baixo risco

Avaliações recentes classificaram o XFG (Stratus) como variant under monitoring (variante sob monitoramento) e concluíram que o risco adicional global é baixo, sem sinais consistentes de aumento de severidade (internações ou mortes).

"Em outras palavras: não há evidência robusta de que seja mais letal ou cause quadros clínicos mais graves do que as variantes Ômicron recentes", explica a médica.

Principais sintomas

Os sintomas da variante ‘Frankenstein’ são parecidos com os de outras subvariantes de Ômicron, com algumas características. "É mais frequente ter rouquidão e dor de garganta forte", revela a profissional. 

Além disso, os sintomas observados também incluem: tosse, coriza, congestão nasal, febre baixa ou moderada, cansaço, dores musculares e perda de olfato/paladar.

"A apresentação tende a ser de infecção das vias aéreas superiores, parecida com um resfriado forte, embora alguns casos evoluam para piora respiratória em pessoas de risco", complementa Dra. Roberta Pilla.

Classificação Indicativa: Livre

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