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Simulação - Reprodução/FreepikPublicado em 12/05/2025, às 14h01 Redação
Apesar da queda na taxa geral de homicídios no Brasil em 2023, os assassinatos de mulheres e de crianças de 0 a 4 anos voltaram a crescer, segundo o Atlas da Violência divulgado nesta segunda-feira (12).
De acordo com o levantamento, o índice nacional de homicídios caiu de 21,7 para 21,2 a cada 100 mil habitantes entre 2022 e 2023. Em números absolutos, foram 45.747 mortes violentas registradas no último ano, ante 46.409 no ano anterior.
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No entanto, entre as mulheres, o cenário permanece alarmante: a taxa de homicídios ficou estagnada em 3,5 pelo terceiro ano consecutivo, com um crescimento de 2,5% no número de vítimas. Foram 3.903 mulheres assassinadas em 2023, contra 3.806 em 2022. Cerca de um terço dos crimes ocorreram dentro da própria residência das vítimas.
Estados da Região Amazônica concentram os maiores índices de assassinatos femininos. Roraima lidera o ranking com 10,4 homicídios por 100 mil mulheres, seguido de Amazonas e Rondônia, ambos com 5,9.
Entre os estados que apresentaram maior crescimento proporcional na taxa de homicídios femininos estão o Rio de Janeiro (28,6%), Pernambuco (26,7%) e o Distrito Federal (22,7%). Já Mato Grosso do Sul teve a maior queda (-32%).
As mulheres negras seguem como as principais vítimas: 68,2% das mulheres assassinadas em 2023 eram negras — 2.662 dos 3.903 casos. A taxa de homicídios entre mulheres negras foi de 4,3, quase o dobro da observada entre mulheres não negras (2,5). Segundo o relatório, o risco de uma mulher negra ser assassinada no Brasil é 1,7 vez maior do que o de uma mulher não negra.
O Atlas da Violência é produzido anualmente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), e traz um panorama detalhado dos índices de violência no país.
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