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Publicado em 08/05/2025, às 18h11 Júnior Teixeira
Maior evento do setor mineral no Nordeste, a Expo Minera 2025 chegou ao fim nesta quinta-feira (8), após três dias de debates, exposições e trocas de experiências. O evento foi realizado no Centro de Convenções de Natal. Promovida entre os dias 6 e 8 de maio, a feira reuniu empresas, especialistas, representantes de entidades públicas e privadas e, também, autoridades com forte atuação no setor mineral.
Um dos destaques do último dia foi a participação do presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Carballal, que defendeu uma nova visão sobre o papel da mineração no desenvolvimento dos estados nordestinos. Carballal foi um dos palestrantes do dia de encerramente do evento. Em sua fala, o gestor ressaltou que a CBPM é, ao mesmo tempo, uma empresa de fomento e de pesquisa, e que a Bahia tem conseguido integrar a mineração à pauta do desenvolvimento econômico e social.
— A mineração é uma alavanca de desenvolvimento econômico para o estado da Bahia — afirmou Carballal, destacando o fato de o estado ser o único produtor de níquel sulfetado da América.
Durante sua apresentação, o presidente da CBPM também alertou para a importância de uma mineração que seja ambientalmente responsável e socialmente justa. “Não estamos aqui para defender uma mineração que não é sustentável”, reforçou. Segundo ele, é necessário que todos os estados brasileiros tenham empresas estatais voltadas ao setor mineral, para que possam atuar de forma estratégica e inclusiva.
Em entrevista concedida ao BNews Natal durante o evento, Henrique foi enfático ao afirmar que o Brasil vive um momento único, marcado pela transição energética, e que não é possível falar de sustentabilidade sem considerar a atividade mineral: "A transição energética é uma realidade, e não existe transição energética sem mineração. Isso precisa ser compreendido pela sociedade e pelo poder público", pontuou.
Carballal também fez críticas ao discurso contraditório de quem se posiciona contra a mineração sem considerar sua presença no cotidiano: "Acho interessante a esquizofrenia de algumas pessoas que usam celulares, fazem vídeos criticando a mineração e não percebem que um aparelho desses tem mais de 50 elementos minerais retirados do solo. Precisamos ser contra a mineração predatória, que não respeita o ambiente ou as comunidades", afirmou.
Para o presidente da CBPM, a experiência baiana mostra que é possível desenvolver uma mineração sustentável e geradora de riqueza, emprego e inclusão: "Valorizamos a mão de obra local, e queremos mostrar aos outros estados do Nordeste que é possível fazer uma mineração que deixe legado", afirmou o presidente.
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