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"Envelhecer com Dignidade": Parada LGBT+ de São Paulo dá voz e visibilidade à terceira idade

Com concentração no MASP, a Parada busca celebrar a história e a vida das pessoas LGBT+ com mais de 60 anos. - Reprodução
Evento na Avenida Paulista destaca a importância do envelhecimento LGBT+ e a luta por dignidade na terceira idade  |   BNews Natal - Divulgação Com concentração no MASP, a Parada busca celebrar a história e a vida das pessoas LGBT+ com mais de 60 anos. - Reprodução

Publicado em 22/06/2025, às 11h45   Aryela Souza



A Avenida Paulista, em São Paulo, se colore neste domingo (22) para a 29ª edição da Parada do Orgulho LGBT+, que neste ano traz um tema potente e necessário: “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”. Com concentração a partir das 10h em frente ao MASP, o evento busca celebrar a vida e a história das pessoas 60+ da comunidade e, ao mesmo tempo, lutar por mais dignidade e acolhimento na terceira idade.

O objetivo é dar visibilidade a uma parcela da população que, após uma vida de lutas por direitos, frequentemente enfrenta o abandono e a falta de políticas públicas específicas na velhice. “Celebrar o orgulho LGBT+ também é honrar quem abriu caminho antes de nós”, afirma Nelson Matias Pereira, presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOLGBT-SP), que organiza o evento.

Em 2025, a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo levanta a voz por quem resistiu, construiu e segue sendo exemplo de coragem. Lutar pelo envelhecimento com dignidade é lutar para que nenhuma pessoa seja deixada para trás.”

O Combate ao Apagamento e ao Preconceito

Nelson Matias Pereira, de 59 anos, destaca que o envelhecimento para a comunidade LGBT+ ainda é um tabu social, carregado de estereótipos e preconceitos. Ele relata a própria experiência para ilustrar o problema.

Vivemos numa sociedade que cultua os corpos, e os corpos que envelhecem, principalmente os corpos LGBTs, são ridicularizados com termos pejorativos. Eu, aos 59 anos, já ouço termos como 'maricona' e coisas do gênero”, desabafa. “E não, eu sou só um corpo que envelheceu, e todos vão envelhecer e devem ter respeito, devem ser respeitados. É justamente contra esse apagamento que vamos às ruas”, conclui.

Um Desafio Demográfico e Social

A escolha do tema é oportuna e urgente. Segundo estimativas do IBGE, o Brasil terá mais de 31 milhões de pessoas com 60 anos ou mais em 2025. Embora as Nações Unidas tenham declarado a atual como a “década do envelhecimento saudável nas Américas”, a população LGBT+ idosa ainda sofre com exclusão, invisibilidade e a carência de serviços públicos preparados para acolhê-la, como lares inclusivos e redes de apoio especializadas.

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