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Enquanto Gaza enfrenta fome, EUA defendem direito de Israel impedir ajuda da ONU

Cerca de 2 milhões de pessoas enfrentam a fome em Gaza - Divulgação/UNRWA
A declaração dos EUA contrasta com as posições dos demais Estados que participaram das audiências iniciadas por solicitação da Assembleia Geral da ONU  |   BNews Natal - Divulgação Cerca de 2 milhões de pessoas enfrentam a fome em Gaza - Divulgação/UNRWA

Publicado em 30/04/2025, às 13h55   Redação



Nesta quarta-feira (30), durante audiência na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, o governo dos Estados Unidos defendeu o direito de Israel bloquear a entrada de ajuda humanitária em Gaza, caso considere que os responsáveis pela distribuição sejam "parciais". A posição foi apresentada pelo representante do Departamento de Estado norte-americano, Josuah Simmons, e teve como alvo direto a Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA).

Simmons argumentou que o direito internacional concede a uma potência ocupante, como Israel nos territórios palestinos, a prerrogativa de determinar os termos sob os quais a ajuda humanitária pode ser fornecida. O representante dos Estados Unidos ainda falou que a agência da ONU não é a única alternativa viável para distribuição de ajuda na região.

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A declaração dos EUA contrasta com as posições dos demais Estados que participaram das audiências iniciadas por solicitação da Assembleia Geral da ONU, que busca um parecer jurídico da CIJ sobre as obrigações de Israel em garantir o acesso irrestrito de suprimentos essenciais à população civil palestina.

As discussões ocorrem mais de 50 dias após Israel impor um bloqueio total à entrada de ajuda humanitária em Gaza, afetando cerca de 2 milhões de pessoas que enfrentam a fome. 

A UNRWA, responsável por mais de seis milhões de refugiados palestinos, afirma que três mil caminhões com suprimentos estão prontos para entrar em Gaza, mas aguardam liberação israelense. Segundo a agência, mais de 290 funcionários foram mortos e 311 instalações foram atacadas desde o início da ofensiva israelense, em outubro de 2023.

Com informações da Agência Brasil. 

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