Geral
Publicado em 24/06/2025, às 13h37 Júnior Teixeira
Formados no curso de direito que tenham sido condenados por racismo não poderão se inscrever na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A decisão foi aprovada pelo Conselho Federal da OAB.
Recentemente, o Conselho editou a nova súmula para impedir o registro de bacharéis na área que não atendam ao requisito de idoneidade moral, essencial ao exercício da advocacia.
Mais detalhes sobre a nova medida
A proposta de vedação foi pensada em conjunto pelo presidente da OAB do Piauí, Raimundo Júnior, pelo conselheiro federal Ian Cavalcante e pela secretária da seccional piauiense, Noélia Sampaio.
A ação teve como relatora a conselheira federal Shynaide Mafra Holanda Maia (PE). Ela defendeu que o racismo, por sua gravidade, fere o critério de idoneidade moral previsto na legislação.
LEIA TAMBÉM
Lei que proíbe nomeação de condenados por discriminação é sancionada no RN; entenda
Discriminação racial atinge 84% das pessoas pretas no Brasil, revela estudo
Além disso, a decisão segue jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reconhecem a gravidade do crime de racismo.
No ano de 2019, o Conselho já havia adotado algumas súmulas para negar inscrição a condenados por violência contra a mulher, crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiência e LGBTI+.
Na reunião em que a nova medida foi decidida, Esperança Garcia foi homenageada. Ela foi uma mulher negra piauiense e reconhecida como a primeira advogada do Brasil.
Sem a inscrição na OAB, obtida após aprovação no exame nacional e análise da idoneidade moral, o bacharel fica proibido de advogar.
Classificação Indicativa: Livre