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Cientistas confirmam: o “apagão da tarde” é real e afeta milhões de trabalhadores; entenda

De acordo com estudos, a maioria das pessoas atinge o pico de produtividade por volta das 10h, mas enfrenta queda acentuada em torno das 13h30 - Reprodução/Internet
Uma pesquisa da OnePoll, realizada com 2 mil trabalhadores, revelou que 60% sentem queda de rendimento no início da tarde  |   BNews Natal - Divulgação De acordo com estudos, a maioria das pessoas atinge o pico de produtividade por volta das 10h, mas enfrenta queda acentuada em torno das 13h30 - Reprodução/Internet
Redação

por Redação

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Publicado em 22/09/2025, às 14h23



A queda de energia durante à tarde não é apenas fruto de uma manhã desgastante, mas resultado de um processo biológico natural do ser humano. Especialistas explicam que o corpo tem predisposição para relaxar após o almoço, influenciado pelo ciclo de sono e vigília e pela pressão crescente da necessidade de descanso.

De acordo com estudos, a maioria das pessoas atinge o pico de produtividade por volta das 10h da manhã, mas enfrenta queda acentuada em torno das 13h30 da tarde.

O neurocientista Ravia Allada, da Universidade de Michigan, aponta que essa sonolência é fruto da competição entre duas forças: o ciclo circadiano, que nos mantém despertos, e a pressão do sono, que aumenta ao longo do dia.

“Na parte da tarde, a necessidade de descanso prevalece, e é quando sentimos o cansaço com mais intensidade”, explicou. Essa queda pode ser acentuada por fatores como noites mal dormidas, má alimentação e longos períodos sem pausa durante o expediente.

Produtividade em queda livre

Uma pesquisa da OnePoll, realizada com 2 mil trabalhadores, revelou que 60% sentem queda de rendimento no início da tarde. A primeira baixa acontece às 13h27, seguida por nova onda de sonolência às 14h06.

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Entre os fatores apontados pelos participantes, 25% culpam o excesso de tempo em frente a telas, enquanto 22% acreditam que a falta de intervalos longe da mesa é a principal causa. Outro quarto dos entrevistados destacou que interrupções frequentes de colegas também comprometem a produtividade.

Segundo cientistas, independentemente da alimentação, é praticamente inevitável sentir algum cansaço no período da tarde. No entanto, dietas ricas em açúcares e carboidratos refinados, como pães brancos, massas e cereais ultraprocessados, intensificam o problema.

Alimentação e alternativas contra o cansaço

De acordo com o professor Sai Krupa Das, da Universidade Tufts, alimentos açucarados são metabolizados rapidamente, elevando o açúcar no sangue e forçando o pâncreas a liberar grandes quantidades de insulina. Isso gera uma rápida explosão de energia, seguida por uma forte queda, resultando na sensação de moleza.

Ele recomenda substituir muffins, cereais açucarados e iogurtes adoçados por opções mais nutritivas.

Já o gastroenterologista Saurabh Sethi, de Harvard, sugere iniciar o dia com aveia, rica em fibras e de liberação lenta de energia, ou com iogurte natural acompanhado de frutas vermelhas e sementes de chia. Esses alimentos ajudam na circulação sanguínea cerebral, melhoram a concentração e contribuem para o bem-estar.

Para quem não consegue tirar uma soneca curta de 20 minutos, os especialistas indicam caminhadas. O simples ato de andar ao ar livre, apontaram 25% dos trabalhadores entrevistados, aumenta a energia e a sensação de alerta. 

Classificação Indicativa: Livre

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