Arrecadação federal bate recorde em junho e soma R$ 234 bilhões, aponta Receita

A arrecadação de tributos federais no Brasil alcançou R$ 234 bilhões em junho, estabelecendo o maior valor já registrado para o mês desde o início da série histórica da Receita Federal, em 1995.

O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (24) e confirma a tendência de alta impulsionada por medidas aprovadas em 2023 e pelo desempenho de tributos específicos.

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No semestre, arrecadação ultrapassa R$ 1,4 trilhão

No acumulado de janeiro a junho, o montante arrecadado chegou a R$ 1,4 trilhão, também recorde para o período.

A marca histórica reflete a adoção de ações que ampliaram a base de arrecadação, como a taxação de fundos exclusivos, os chamados “offshores”, a revisão dos incentivos fiscais concedidos por estados, a volta da tributação sobre combustíveis e o teto para o pagamento de precatórios.

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Segundo a Receita, os maiores impactos positivos vieram da tributação de ganhos de capital (IRRF Capital), do aumento nas receitas com Cofins e Pis/Pasep e do crescimento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), favorecido pela alta do dólar e por mudanças nas alíquotas médias do imposto de importação.

Meta fiscal e cenário orçamentário

A meta fiscal para 2024 é de resultado primário zero, com margem de tolerância de déficit de até R$ 31 bilhões. A nova projeção oficial, divulgada no último relatório bimestral, estima um déficit de R$ 26,3 bilhões, uma folga de R$ 4,6 bilhões dentro do limite da meta.

Com a melhora no cenário de receitas, o governo reduziu o congelamento de despesas do Orçamento, liberando R$ 20,6 bilhões. O bloqueio caiu de R$ 31,3 bilhões para R$ 10,7 bilhões, o que ampliou a margem para execução orçamentária dos ministérios nos próximos meses.