Geral
por José Nilton Jr.
Publicado em 18/08/2025, às 17h59
Pesquisadores da Universidade da Califórnia fizeram uma descoberta muito interessante: Além de interesses e hobbies, amigos também podem compartilhar padrões semelhantes de atividade cerebral, sendo esse um fator que pode ter muita influência na formação de laços ao longo do tempo.
O estudo foi publicado na revista Nature Human Behavior.
Para entender a conexão entre cérebros e amizades, cientistas realizaram uma investigação e analisaram imagens cerebrais de 41 estudantes antes do início de um programa de pós-graduação.
Durante o exame, os participantes precisaram assistir 14 vídeos de diferentes temas, incluindo esportes, ciência e alimentação. Por sua vez, os pesquisadores observavam a atividade em 214 regiões do cérebro.
Após dois e seis meses do início do programa, os estudantes responderam a perguntas sobre suas preferências de convivência com colegas.
Os que se tornaram amigos ao final de oito meses apresentaram respostas cerebrais mais parecidas em uma região específica do córtex orbitofrontal esquerdo, que é a área ligada ao processamento de valores subjetivos.
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Porém, no período inicial de dois meses, não houve diferenças significativas entre futuros amigos e colegas distantes. Isso indica que as primeiras interações dependem mais de proximidade física e frequência de contato.
Já a afinidade neural se fortalece à medida que a amizade se desenvolve.
Os pesquisadores destacam que essas descobertas sugerem que amizades não se formam apenas pela convivência, mas também por uma “sintonia neural pré-existente”.
Em outras palavras, a maneira como os cérebros processam informações e percebem o mundo pode ajudar a prever quais pessoas se tornarão amigas no futuro.
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