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Alternativas acessíveis para tratar a obesidade além das “canetinhas”

Alternativas acessíveis para tratar a obesidade além das “canetinhas” - Reprodução
A proposta analisa a oferta gratuita da semaglutida para pacientes com obesidade grau II e III, com doenças cardiovasculares  |   BNews Natal - Divulgação Alternativas acessíveis para tratar a obesidade além das “canetinhas” - Reprodução

Publicado em 10/06/2025, às 20h55   Redação



A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), vinculada ao Ministério da Saúde, abriu uma consulta pública para ouvir a opinião da população sobre a possível inclusão da semaglutida entre os medicamentos oferecidos pelo SUS. A substância, utilizada no tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade, é o princípio ativo dos remédios Ozempic e Wegovy.

A proposta em análise trata da oferta gratuita da semaglutida na dosagem de 2,4 mg  fórmula presente no Wegovy  para pacientes com obesidade grau II e III, sem diabetes, com 45 anos ou mais e que tenham doença cardiovascular estabelecida, como infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC) prévio. A sociedade pode participar enviando relatos de experiência e avaliações por meio de formulário online até o dia 30 de junho.

Se aprovada, essa será a primeira opção de tratamento medicamentoso para a obesidade oferecida pela rede pública. Atualmente, o SUS disponibiliza apenas medidas como orientação nutricional, incentivo à prática de atividade física, apoio psicológico e, em casos específicos, cirurgia bariátrica.

Segundo análise apresentada à Conitec pela farmacêutica Novo Nordisk, o custo anual do tratamento por paciente seria de R$ 34 mil, com uso estimado por dois anos. Com isso, o impacto financeiro para o SUS, em cinco anos, ficaria entre R$ 3,4 bilhões e R$ 3,9 bilhões.

No entanto, a Conitec fez um cálculo diferente. Por considerar que a obesidade é uma doença crônica e que o uso da semaglutida seria contínuo, a comissão estimou um custo de R$ 300 mil por paciente, com gasto total podendo alcançar R$ 7 bilhões em cinco anos.

Diante desses valores, a Conitec decidiu, em reunião realizada em maio, recomendar de forma preliminar que a semaglutida não seja incorporada ao SUS. Agora, a decisão final será pautada também pelas contribuições de pacientes, profissionais de saúde, gestores e da população em geral.

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